Maria Quitéria. (Fonte: InfoEscola/Reprodução)

Maria Quitéria de Jesus foi uma heroína brasileira que lutou na Guerra da Independência, no início do século XIX. Ela se destacou por sua coragem e bravura no campo de batalha, em uma época em que a participação das mulheres na vida militar era completamente proibida.

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Maria Quitéria nasceu em Salvador, Bahia, em 1792. Filha de um alfaiate e de uma costureira, ela cresceu em uma família pobre, mas sempre foi muito inteligente e determinada. Desde cedo, Maria Quitéria mostrou interesse pelos assuntos militares, ouvindo atentamente as histórias dos soldados que passavam pela cidade.

Quando estourou a Guerra da Independência, em 1822, Maria Quitéria decidiu se alistar no Exército Brasileiro, disfarçando-se de homem para poder entrar na tropa. Ela mudou seu nome para Soldado Medeiros e foi aceita no 6º Batalhão de Voluntários, em Feira de Santana, Bahia.

No Exército, Maria Quitéria logo se destacou por sua habilidade no manuseio das armas e por sua coragem no campo de batalha. Ela participou de diversas ações militares, como a defesa de Salvador, a luta pela reconquista de Cachoeira e a batalha de Pirajá.

Durante a batalha de Pirajá, em 1822, Maria Quitéria se destacou ainda mais. Ela liderou um grupo de soldados que enfrentou bravamente as tropas portuguesas, contribuindo para a vitória das forças brasileiras. Por seu desempenho, Maria Quitéria recebeu uma medalha de honra do Exército Brasileiro e foi promovida a sargento.

Depois da Guerra da Independência, Maria Quitéria foi dispensada do Exército, já que as mulheres ainda não eram permitidas no serviço militar. Ela voltou para Salvador e passou a trabalhar como costureira. No entanto, sua coragem e bravura na guerra foram lembradas por muitos, e ela se tornou um símbolo de luta pela liberdade e pela igualdade.

Maria Quitéria faleceu em 1853, aos 61 anos, sem nunca ter se casado ou tido filhos. Sua história, no entanto, ficou gravada na memória do povo brasileiro, como um exemplo de coragem e determinação.

Hoje em dia, o Exército Brasileiro conta com a presença de mulheres em suas fileiras, e a participação feminina na vida militar é cada vez mais valorizada. Maria Quitéria foi uma pioneira nesse sentido, mostrando que as mulheres são capazes de enfrentar qualquer desafio, inclusive no campo de batalha. Sua história é um legado para as gerações futuras, que devem sempre lembrar da importância da luta pela igualdade e pelos direitos humanos.

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).