A Bio-Manguinhos é a unidade da Fiocruz responsável pela produção de vacinas, reativos e biofármacos - Foto: Fiocruz

Foi lançado o edital de licitação para construção do Complexo Industrial de Biotecnologia em Saúde do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos). A Bio-Manguinhos é a unidade da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) responsável por pesquisa, inovação, desenvolvimento tecnológico e pela produção de vacinas, reativos e biofármacos.

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“O Ministério da Saúde tem orgulho hoje, junto com a Fiocruz, de lançar o maior complexo industrial de biotecnologia em saúde da América Latina. Isso é uma coisa muito importante. E, se havia dúvida sobre essa importância, a Covid -19 tirou essa dúvida. Nós precisamos ser autossuficientes na produção de IFA [Insumos Farmacêuticos Ativos], na produção de vacinas, de insumos, para combater esse e os próximos vírus que virão. Esse é um marco para a saúde pública do Brasil e para o nosso Sistema Único de Saúde”, ressaltou o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.

O novo complexo, que conta com o apoio do Ministério da Saúde, será o maior centro de fabricação de produtos biológicos da América Latina e um dos mais modernos do mundo. Será construído em um terreno de 580 mil metros quadrados, em Santa Cruz, no Rio de Janeiro, a cerca de 57 quilômetros do campo Manguinhos, também no Rio de Janeiro.

Instalações e capacidade

As instalações do novo empreendimento contarão com avançadas tecnologias que permitirão à Fiocruz aumentar em quatro vezes a capacidade de imunobiológicos, fornecendo mais de 600 milhões de doses de vacinas e de frascos e seringas de biofármacos. Isso reduzirá a dependência tecnológica do país e garantirá respostas rápidas em situações de emergências sanitárias. O novo local também permitirá uma melhor prevenção e tratamento de doenças infectocontagiosas, crônicas e raras.

“Essas vacinas que serão produzidas em todo o complexo de Bio-Manguinhos, em Santa Cruz, servirão para salvar vidas não só no Brasil, mas na América Latina”, afirmou o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello

Segundo a Bio-Manguinhos, em 2020, 45% das doses adquiridas pelo Programa Nacional de Imunizações foram importadas. De acordo com a Fiocruz, o novo empreendimento será uma oportunidade de o Brasil desenvolver pesquisa, ciência e tecnologia para o Sistema Único de Saúde.

Como destacou Eduardo Pazuello, o complexo representa um grande reforço para o Programa Nacional de Imunização. “Isso demonstra responsabilidade. Nós estamos reconstruindo um legado que nós recebemos de Oswaldo Cruz. Esse legado tem 120 anos. Nós vamos reforçar esse legado e vamos projetar para os próximos cem anos a nossa posição no Rio de Janeiro e no Brasil”, afirmou o ministro.

“Essas vacinas que serão produzidas em todo o complexo de Bio-Manguinhos, em Santa Cruz, servirão para salvar vidas não só no Brasil, mas na América Latina”, completou.

Construção do complexo

O projeto de construção do Complexo Industrial de Biotecnologia em Saúde do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos priorizará a sustentabilidade e estará comprometido com o meio ambiente. Serão usados painéis de captação de energia solar, reservatórios para a água da chuva, sistema de re-uso de água, entre outras iniciativas. No terreno, já foram plantadas 30 mil árvores que formarão um cinturão verde de mata atlântica para preservar a biodiversidade local.

Na primeira etapa das obras, o empreendimento gerará cerca de cinco mil empregos diretos e, depois de pronto, durante a operacionalização, cerca de 1.500 postos de trabalho.

Fonte: Governo Federal

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).