Jogo de Guerra AZUVER 2024 – Interoperabilidade das Forças Armadas em Destaque

A Escola de Guerra Naval (EGN) sediou, no último dia 14 de outubro, um dos eventos mais aguardados do Jogo de Guerra AZUVER 2024: a apresentação do planejamento operacional elaborado por Oficiais-Alunos das três Forças Armadas. Representando um passo essencial para a integração entre Marinha, Exército e Aeronáutica, a ocasião contou com a presença de diversas autoridades militares, simbolizando o fortalecimento da interoperabilidade e da coesão estratégica das Forças Armadas brasileiras.

Integração e Planejamento Estratégico no AZUVER 2024

O Jogo de Guerra AZUVER, conhecido como o maior exercício de guerra do Brasil, busca promover a integração e o trabalho conjunto entre as Forças Armadas. Com início há mais de duas décadas, o evento vem se consolidando como um pilar fundamental para o planejamento estratégico e operacional no país. Nesta edição, quase 400 Oficiais-Alunos e mais de 60 instrutores participaram ativamente, representando o maior efetivo de oficiais superiores já reunido para um exercício desse tipo no Brasil.

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O processo de planejamento, conduzido ao longo de três semanas, envolveu um trabalho detalhado dos Oficiais-Alunos dos cursos de estado-maior da Marinha, Exército e Aeronáutica. Eles foram responsáveis pela elaboração do Conceito da Operação para os dois Comandos do Teatro de Operações, simbolizando os dois países contendores fictícios no exercício. A apresentação final, feita na EGN, teve como objetivo expor de forma clara e precisa como seus respectivos comandantes visualizam a execução das campanhas para alcançar o Estado Final Desejado Operacional.

Essa abordagem permite que os participantes desenvolvam não apenas habilidades estratégicas e táticas, mas também a capacidade de trabalhar em equipes multidisciplinares e sob pressão, refletindo cenários reais de conflito e tomada de decisões complexas. O resultado final é um reforço significativo na interoperabilidade e na capacidade das Forças Armadas de atuarem de maneira coesa e eficiente em operações conjuntas.

Presença de Autoridades e Importância do AZUVER 2024

A apresentação do Conceito da Operação na EGN contou com a presença de altas autoridades militares, que puderam acompanhar de perto o trabalho dos Oficiais-Alunos e verificar a eficácia do planejamento estratégico desenvolvido. Entre os presentes, destacaram-se o Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), Almirante de Esquadra Renato Rodrigues de Aguiar Freire, e o Chefe de Operações Conjuntas do EMCFA, Tenente-Brigadeiro do Ar Walcyr Josué de Castilho Araújo.

Outras figuras de destaque incluíram o Diretor de Educação Superior Militar do Exército Brasileiro, General de Divisão João Felipe Dias Alves; o Diretor da Escola de Guerra Naval, Vice-Almirante Gustavo Calero Garriga Pires; além dos Comandantes da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, General de Divisão Mario Eduardo Moura Sassone, e da Escola de Comando e Estado-Maior da Aeronáutica, Brigadeiro do Ar Helmer Barbosa Gilberto.

Durante o evento, as autoridades militares destacaram a importância da interoperabilidade e do trabalho conjunto para o fortalecimento da Defesa Nacional. Os discursos reforçaram a necessidade de preparação contínua e da integração entre as três Forças para enfrentar possíveis desafios futuros, garantindo a segurança e a soberania do país. Segundo o Almirante Renato Freire, o AZUVER representa uma oportunidade única de aperfeiçoamento e troca de experiências, essenciais para o desenvolvimento de uma doutrina militar unificada e robusta.

O Papel do AZUVER na Interoperabilidade das Forças Armadas

Considerado o maior exercício conjunto das Forças Armadas brasileiras, o Jogo de Guerra AZUVER é fundamental para o desenvolvimento de capacidades operacionais integradas. Em um cenário cada vez mais complexo e dinâmico, a necessidade de operações coordenadas entre Marinha, Exército e Aeronáutica é crucial para o sucesso em missões de defesa. O exercício permite simular cenários de conflito realistas, onde cada força precisa colaborar e atuar de forma complementar para alcançar objetivos estratégicos comuns.

Os Oficiais-Alunos são expostos a situações que requerem tomada de decisões rápidas e precisas, refletindo a realidade de um teatro de operações. Além do planejamento, a execução das estratégias discutidas no AZUVER prepara esses futuros líderes militares para situações onde a interoperabilidade entre as Forças Armadas não é apenas desejável, mas necessária. A experiência adquirida no exercício contribui para fortalecer o entendimento mútuo e a cooperação entre os diferentes ramos da Defesa.

Para o futuro, espera-se que o AZUVER continue a crescer, integrando novas tecnologias e metodologias de treinamento que reflitam os desafios contemporâneos e as necessidades emergentes da segurança nacional. A continuidade desse tipo de exercício garante que as Forças Armadas brasileiras mantenham um alto nível de prontidão e coesão, fatores essenciais para a defesa do país em um cenário global incerto e em constante transformação.

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Marcelo Barros, com informações e imagens da Marinha do Brasil
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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