Setor nuclear lança frente parlamentar em Brasília em meio a apelos globais por apoio à energia nuclear Divulgação Eletronuclear

Um estudo recente da Fundação Getúlio Vargas (FGV) revela um fato notável: cada R$ 1 bilhão investido em energia nuclear no Brasil contribui para um acréscimo de R$ 3,1 bilhões na produção nacional. Este aumento no Produto Interno Bruto (PIB) alcança a marca de R$ 2 bilhões, sendo que 80% desse impacto econômico é observado no estado do Rio de Janeiro. Além do retorno financeiro, o setor nuclear é responsável pela criação de aproximadamente 22,5 mil empregos, com 75% deles concentrados no Rio de Janeiro.

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Potencial Brasileiro em Destaque no Nuclear Legacy

Esses dados foram apresentados durante o evento Nuclear Legacy. A conferência enfatizou a posição privilegiada do Brasil como detentor da sétima maior reserva de urânio do mundo, destacando a relevância do setor nuclear na descarbonização e no desenvolvimento sustentável. Foi mostrado no evento a importância de explorar as possibilidades da energia nuclear, incluindo seu papel na indústria siderúrgica.

A Energia Nuclear no Contexto Brasileiro

Atualmente, a energia nuclear representa 2,1% da matriz energética brasileira, com as usinas de Angra I e II gerando um faturamento anual de R$ 4,6 bilhões e investimentos da ordem de R$ 350 milhões. Estes números refletem o potencial ainda inexplorado do Brasil no setor nuclear, especialmente considerando as reservas de urânio estimadas em 245.188 toneladas, o que corresponde a aproximadamente 5% das reservas globais.

Expansão e Aplicações Multifacetadas da Tecnologia Nuclear

O estudo da FGV sugere que o Brasil poderia expandir significativamente suas atividades nucleares, capitalizando sobre a demanda crescente por energia nuclear no cenário global. A exportação de energia, dada a baixa emissão de gases de efeito estufa da energia nuclear, surge como uma alternativa viável. Além da geração de eletricidade, a tecnologia nuclear encontra aplicações em setores diversos como agricultura, bens de consumo, indústria, recursos hídricos, transporte e em pequenos reatores modulares, evidenciando seu caráter multifuncional e o potencial para impulsionar o desenvolvimento econômico e tecnológico do Brasil.

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).