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O tão aguardado reajuste salarial dos militares finalmente saiu. Após quase dois anos de negociações silenciosas entre o Ministério da Defesa e o Palácio do Planalto, Lula autorizou um aumento de 9% nos soldos das Forças Armadas. A decisão vem após críticas internas sobre a falta de isonomia com os civis do funcionalismo federal, que já haviam recebido aumento semelhante.

A medida, formalizada por medida provisória e publicada no Diário Oficial da União, prevê que os militares das três Forças receberão 4,5% de reajuste a partir de abril e os outros 4,5% em janeiro de 2026. Na prática, o soldo de um general, almirante-de-esquadra ou tenente-brigadeiro passará de R$ 13.471 para R$ 14.077 na próxima semana, alcançando R$ 14.711 no início do próximo ano. Esses valores não incluem gratificações e adicionais que, somados, podem elevar a remuneração bruta para mais de R$ 35 mil mensais.
Reação dentro dos quartéis
Nas fileiras das Forças Armadas, o anúncio teve recepção ambígua. Embora o reajuste represente um alívio diante de anos de estagnação salarial, muitos militares esperavam um aumento mais expressivo, próximo aos 20% a 25% sugeridos em estudos internos. Houve manifestações discretas de frustração entre praças e oficiais intermediários, especialmente os que mais sentiram os efeitos da Reforma da Previdência de 2019, que aumentou o tempo de serviço e a alíquota de contribuição.
Apesar disso, o reconhecimento por parte do governo foi considerado positivo, especialmente pelo caráter escalonado e oficial do reajuste. O movimento também pode ajudar a mitigar tensões internas e melhorar a moral da tropa, um fator importante para a coesão institucional das Forças Armadas.
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