Governo concede reajuste de 9% a militares das Forças Armadas

© Fernando Frazão/Agência Brasil
Não fique refém dos algoritmos, nos siga no Instagram, Telegram ou no Whatsapp e fique atualizado com as últimas notícias.

O tão aguardado reajuste salarial dos militares finalmente saiu. Após quase dois anos de negociações silenciosas entre o Ministério da Defesa e o Palácio do Planalto, Lula autorizou um aumento de 9% nos soldos das Forças Armadas. A decisão vem após críticas internas sobre a falta de isonomia com os civis do funcionalismo federal, que já haviam recebido aumento semelhante.

Fonte: Agência Senado

A medida, formalizada por medida provisória e publicada no Diário Oficial da União, prevê que os militares das três Forças receberão 4,5% de reajuste a partir de abril e os outros 4,5% em janeiro de 2026. Na prática, o soldo de um general, almirante-de-esquadra ou tenente-brigadeiro passará de R$ 13.471 para R$ 14.077 na próxima semana, alcançando R$ 14.711 no início do próximo ano. Esses valores não incluem gratificações e adicionais que, somados, podem elevar a remuneração bruta para mais de R$ 35 mil mensais.

Reação dentro dos quartéis

Nas fileiras das Forças Armadas, o anúncio teve recepção ambígua. Embora o reajuste represente um alívio diante de anos de estagnação salarial, muitos militares esperavam um aumento mais expressivo, próximo aos 20% a 25% sugeridos em estudos internos. Houve manifestações discretas de frustração entre praças e oficiais intermediários, especialmente os que mais sentiram os efeitos da Reforma da Previdência de 2019, que aumentou o tempo de serviço e a alíquota de contribuição.

Apesar disso, o reconhecimento por parte do governo foi considerado positivo, especialmente pelo caráter escalonado e oficial do reajuste. O movimento também pode ajudar a mitigar tensões internas e melhorar a moral da tropa, um fator importante para a coesão institucional das Forças Armadas.

Participe no dia a dia do Defesa em Foco

Dê sugestões de matérias ou nos comunique de erros: WhatsApp 21 99459-4395

Apoio

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor insira seu comentário!
Digite seu nome aqui