Imagem: Polícia Federal

Após uma intensa busca que durou 50 dias, os foragidos da Penitenciária Federal em Mossoró, Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento, foram finalmente recapturados em Marabá, Pará, marcando o fim de uma fuga que desafiou as autoridades brasileiras. Os dois presos, que haviam escapado da instalação de segurança máxima em 14 de fevereiro, foram encontrados a aproximadamente 1,6 mil quilômetros de distância do presídio, numa operação conjunta das polícias Federal e Rodoviária Federal, conforme divulgado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.

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UMA FUGA SEM PRECEDENTES

A fuga de Mendonça e Nascimento não só foi notável pela distância percorrida pelos fugitivos mas também por ser a primeira registrada no sistema penitenciário federal desde sua criação em 2006. Este sistema foi estabelecido com o objetivo de isolar lideranças de facções criminosas e presos considerados de alta periculosidade. No momento da fuga, a unidade em Mossoró estava sob reformas internas, e os detentos aproveitaram ferramentas deixadas inadvertidamente no local para criar uma rota de escape de suas celas individuais.

INVESTIGAÇÕES E RESULTADOS

A corregedoria-geral da Secretaria Nacional de Políticas Penais empreendeu uma investigação detalhada sobre as circunstâncias da fuga, concluindo que, apesar de não haver evidências de corrupção, foram identificadas falhas nos procedimentos de segurança da penitenciária. Como consequência, três Processos Administrativos Disciplinares (PADs) foram instaurados contra dez servidores suspeitos de negligência, e outros 17 serão submetidos a Termos de Ajustamento de Conduta (TAC), comprometendo-se a não reincidir nas falhas detectadas e a participar de cursos de reciclagem.

UMA AÇÃO COORDENADA PARA A RECAPTURA

A recaptura de Mendonça e Nascimento destaca a eficiência e a determinação das forças de segurança do Brasil em assegurar que a justiça seja mantida. Este episódio reafirma a capacidade do país em perseguir e capturar indivíduos que tentam evadir-se do sistema penitenciário, independentemente do tempo ou distância percorrida.

IMPACTO E REFLEXÕES

O episódio traz à tona questões importantes sobre a segurança em instalações de alta segurança e a necessidade de constantes revisões e aprimoramentos nos procedimentos e estruturas. Além disso, reitera a importância da colaboração entre diferentes forças de segurança para o sucesso de operações complexas de captura. O pronunciamento previsto pelo Ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, deverá esclarecer ainda mais as circunstâncias da operação e as medidas futuras para evitar incidentes semelhantes.

Com informações da Agência Brasil

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).