Forças Armadas sufocam logística do garimpo em RR

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Ao longo de sete dias, um efetivo conjunto de militares e agentes federais cruzou 149 quilômetros de mata fechada em Roraima, desmontando acampamentos, interditando pistas clandestinas e interrompendo rotas fluviais usadas pelo garimpo ilegal. A Operação Tormenta I, parte da Catrimani II, mostrou como a integração entre Marinha, Exército, FAB e forças civis pode sufocar, com precisão cirúrgica, a cadeia logística do crime ambiental.

Inteligência, drones e explosivos contra o garimpo ilegal

Helicópteros militares estacionados em campo aberto na selva.

A Operação Tormenta I evidenciou o alto nível de integração tecnológica e tática das Forças Armadas brasileiras. O planejamento incluiu uso extensivo de inteligência terrestre, aérea e satelital, com apoio de drones e do Sistema de Aeronave Remotamente Pilotada (SARP) RQ-900 da FAB, que permitiu acompanhamento em tempo real das ações, mesmo em áreas de mata densa.

O Centro de Coordenação de Operações (CCOP) operou 24 horas por dia, garantindo sincronia entre as equipes em solo e no ar. A Engenharia do Exército teve papel decisivo ao usar explosivos controlados para inutilizar pistas de pouso clandestinas, desarticulando a principal via de suprimento do garimpo ilegal.

Comunidades indígenas e o meio ambiente sob ameaça

A presença do garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami impõe riscos alarmantes à vida humana e à biodiversidade. O uso indiscriminado de mercúrio contamina rios e peixes — base da alimentação de muitas aldeias. Doenças, desnutrição e violência crescem onde o Estado está ausente e o crime se instala.

A Tormenta I visou mais que desmantelar estruturas: foi uma ação em defesa da vida e do território. Ao remover máquinas, destruir acampamentos e deter garimpeiros, a operação protegeu populações indígenas vulneráveis e reafirmou o direito dos povos originários à integridade de seu espaço e cultura.

União de forças: o Estado em ação na floresta

A integração entre as Forças Armadas, PF, PRF, ABIN, FUNAI, FNSP e Judiciária da FNSP foi o pilar de uma operação que combinou capacidade operacional, inteligência e ação legal coordenada. Foram 228 km de rios patrulhados, 149 km de selva vasculhada a pé e dezenas de apreensões de equipamentos e materiais usados no garimpo.

A Operação Tormenta I reafirma a importância de ações interagências permanentes e estratégicas, que projetem a presença do Estado para além dos centros urbanos. A ocupação territorial legítima, com ações de segurança, saúde e proteção ambiental, é o caminho para garantir soberania e paz na Amazônia.

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Marcelo Barros, com informações e imagens do Exército Brasileiro
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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