Forças Armadas resgatam indígenas Yanomami em Roraima

Pessoas sendo resgatadas por helicóptero militar.
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Na tarde de quinta-feira (8), as Forças Armadas Brasileiras protagonizaram mais uma missão de apoio humanitário, realizando a evacuação aeromédica emergencial de indígenas Yanomami em situação crítica de saúde na região de Porto do Arame, próxima à Estação Ecológica de Maracá, a 122 km de Boa Vista (RR). Com o emprego de um helicóptero H-60 Black Hawk da Força Aérea Brasileira e equipe médica do Exército Brasileiro, sete pacientes e quatro acompanhantes foram removidos com segurança até a capital roraimense, onde receberam atendimento especializado. A ação integra os esforços da Operação Catrimani II, que atua no combate ao garimpo ilegal e na defesa dos povos originários da Amazônia.

Evacuação aeromédica em áreas remotas: prontidão e capacidades operacionais das Forças Armadas

A missão de resgate mobilizou um helicóptero H-60 Black Hawk, aeronave tática com alta capacidade de manobra e alcance, operada por militares da Força Aérea Brasileira. A bordo, uma equipe de saúde do Exército prestou os primeiros atendimentos a sete indígenas, entre eles crianças, uma idosa e um homem com fratura na tíbia. Cinco dos pacientes apresentavam suspeita de malária.

A operação teve início após solicitação da Casa de Governo, que acionou o Comando Conjunto da Operação Catrimani II. Após o resgate na zona remota, os pacientes foram transportados até a Base Aérea de Boa Vista, onde ambulâncias do SAMU realizaram a condução final até o Hospital Geral de Roraima.

A rapidez da resposta foi possível graças ao estado de prontidão permanente mantido pela operação, fruto de treinamento contínuo, planejamento logístico e manutenção rigorosa de equipamentos militares, garantindo eficácia mesmo em ambientes de selva e difícil acesso.

Apoio à saúde indígena: presença militar salvando vidas na Terra Yanomami

A ação foi reconhecida publicamente pelo Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami (DSEI), por meio do socorrista Rui Deglan, que destacou: “A gente agradece o pessoal da Operação Catrimani. Eles têm apoiado muito, e não somente nessa operação. Graças a Deus, temos um médico do Exército atuando conosco.”

A presença das Forças Armadas em território Yanomami representa um elo entre o Estado brasileiro e comunidades frequentemente isoladas, onde o acesso à saúde pública é escasso. Ao integrar evacuação médica com resposta rápida, as operações militares não apenas salvam vidas, mas também reafirmam a presença estatal em áreas estratégicas e sensíveis.

O gesto vai além da assistência sanitária: é um reconhecimento da dignidade dos povos originários, com atuação firme do Estado por meio de suas instituições de Defesa.

Operação Catrimani II: Defesa, meio ambiente e proteção dos povos originários

A Operação Catrimani II foi instituída pela Portaria GM-MD nº 1.511, de 26 de março de 2024, com o objetivo central de combater o garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami, proteger o meio ambiente e garantir a segurança das populações tradicionais. Sob coordenação do Comando Conjunto e em articulação com a Casa de Governo, a operação reúne meios da Marinha, Exército e Força Aérea, além de agências civis e de saúde.

Ações como a evacuação aeromédica demonstram que o combate ao crime ambiental anda lado a lado com a assistência humanitária e o respeito à vida. A Operação Catrimani II tem reafirmado o compromisso da Defesa Nacional com a proteção da Amazônia, atuando em múltiplas frentes: segurança, saúde, logística e soberania.

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