O Ministério da Defesa (MD) e as Forças Armadas estão atuando em conjunto com o Ministério da Saúde (MS) na Operação Gota 2023, a fim de garantir que a população de regiões remotas do Brasil tenha acesso à vacinação. A primeira etapa da operação ocorre no Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) de Alto Rio Negro (AM), onde cerca de 8 mil indígenas do município de São Gabriel da Cachoeira devem ser imunizados. A capacidade logística das Forças Armadas é essencial para o alcance de todo o território nacional.

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Apoio logístico das Forças Armadas

Um dos pilotos responsáveis pelo transporte dos imunizantes às terras indígenas destacou a importância do suporte logístico. “É um sentimento extremamente nobre poder atuar com o vetor de asas rotativas nas comunidades indígenas do Alto do Rio Negro, levando saúde e cidadania para os povos que vivem em áreas de difícil acesso geográfico e cumprir a missão da Força Aérea Brasileira de integrar o território nacional”, afirmou.

Ao longo do ano, estão previstas mais nove missões. A Defesa disponibilizou três aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB), que devem voar cerca de 600 horas para o transporte de materiais e profissionais da saúde. O apoio permitirá que o MS ofereça doses de mais de 20 tipos de imunobiológicos, incluindo vacinas contra a Covid-19 e Influenza, entre outras do Calendário Nacional de Vacinação.

Histórico da Operação Gota

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A Operação Gota teve início em 1989, no estado do Amazonas, após a notificação de surtos de sarampo em populações indígenas da região do Rio Juruá (AC e AM). Desde então, a ação já garantiu a imunização de milhares de pessoas, prevenindo surtos e epidemias e evitando o ressurgimento de doenças graves, como poliomielite e sarampo.

Com o apoio logístico das Forças Armadas, a operação também alcança comunidades isoladas nos estados do Acre, Amapá e Pará. Somente em 2022, mais de 20 mil pessoas foram imunizadas por meio da iniciativa. O Acordo de Cooperação Técnica 01/2015, de 3 de julho de 2015, entre o MS e o MD, garante ao MS o apoio logístico necessário às ações de saúde do Governo Federal em prol das comunidades indígenas de difícil acesso e das populações ribeirinhas e quilombolas em todo o território nacional.

Transporte por helicópteros H-60 Black Hawk

Três aeronaves H-60 Black Hawk, um dos modelos mais versáteis da FAB, são responsáveis pelo transporte de imunizantes aos indígenas. O H-60 Black Hawk é um helicóptero militar multimissão de médio porte, amplamente utilizado para infiltração e exfiltração de tropas, bem como em missões de resgate e busca e salvamento. Com velocidade máxima de 295 km/h, esse modelo de aeronave tem sido fundamental na Operação Gota 2023.

Impacto positivo na vida dos indígenas e comunidades isoladas

A Operação Gota 2023 tem um impacto significativo na vida dos indígenas e comunidades isoladas, garantindo que eles tenham acesso às vacinas e cuidados de saúde essenciais. Além disso, a ação promove a integração e cooperação entre diferentes órgãos governamentais e forças militares, fortalecendo a capacidade de resposta do Brasil a desafios de saúde pública em regiões remotas.

Marcelo Barros, com informações do Ministério da Defesa
Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).