Símbolo da Força Expedicionária Brasileira
Símbolo da Força Expedicionária Brasileira

A Força Expedicionária Brasileira, também conhecida pela sigla FEB, foi a delegação militar enviada pelo Brasil à Europa para integrar as tropas dos países aliados (Estados Unidos, Inglaterra, União Soviética, Resistência Francesa etc.) contra as Potências do Eixo (Alemanha, Itália e Japão) durante a Segunda Guerra Mundial. A FEB foi concebida em 9 de agosto de 1943 pela Portaria Ministerial Nº 4744, após o Brasil ter declarado guerra ao “Eixo” em agosto do ano anterior.

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O símbolo da FEB, que pode ser visto na imagem de capa deste artigo, é o de uma cobra fumando um cachimbo. Esse símbolo foi uma resposta àqueles que diziam que o Brasil não teria capacidade de ir à guerra. Isso só ocorreria, diziam em tom de desdém, se a “cobra fumasse”.

O Brasil no contexto da Segunda Guerra Mundial

O estopim para a entrada do Brasil na guerra e para a criação da Força Expedicionária Brasileira foi um acontecimento específico, que ocorreu entre os dias 5 e 17 de agosto de 1942: alguns submarinos nazistas torpedearam seis navios mercantes brasileiros, que trafegavam pelo litoral nordestino, o que provocou a morte de centenas de pessoas. Esse acontecimento provocou grande comoção popular, o que contribuiu para que Getúlio Vargas (então presidente) declarasse guerra à Alemanha e aos seus aliados.

Vale ressaltar que os nazistas, que foram durante um tempo aliados do Estado Novo de Getúlio Vargas, passaram a atacar os navios brasileiros após a aproximação mais forte entre o Estado Novo e os Estados Unidos – que entraram na guerra em 1941 contra o Eixo. O fato é que, autorizados pela Portaria Ministerial Nº 4744, os generais brasileiros, em coordenação com os americanos, criaram a FEB em 13 de novembro de 1943; e o principal treinamento que os oficiais de nosso Exército receberam antes de ir para o combate foi na Escola de Comando do Estado-Maior de Fort Leavenworth, no estado do Kansas, no Meio Oeste dos EUA.

Atuação da FEB na Itália

O comandante da FEB foi o general Mascarenhas de Morais, da 2ª Região Militar, lotada em São Paulo. Foi designado ao comando diretamente pelo Ministro da Guerra, Eurico Gaspar Dutra. As tropas brasileiras atuaram nas regiões montanhosas da Itália entre o fim de 1944 e o início de 1945. A principal batalha travada foi a de Monte Castelo.

Entre os personagens históricos que foram à guerra pela FEB, estava Humberto de Alencar Castelo Branco, então tenente-coronel, que foi chefe da seção 6 que lutou na Itália. Castelo Branco, como é sabido, anos mais tarde tornar-se-ia general e o primeiro presidente do período do Regime Militar do Brasil.

Por Me. Cláudio Fernandes

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).