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Em 29 de abril de 1945, às 1h45, a Força Expedicionária Brasileira (FEB) disparou seu último tiro de artilharia na Segunda Guerra Mundial, coroando uma trajetória de coragem e sacrifício. Da conquista de Massarosa ao cerco em Fornovo di Taro, a participação brasileira consolidou o nome do país entre as nações que lutaram pela liberdade e contra o totalitarismo.
O Papel da Artilharia da FEB na Segunda Guerra Mundial
A artilharia brasileira desempenhou um papel decisivo nos combates travados pela FEB na Itália. Desde o primeiro disparo, realizado em 16 de setembro de 1944 no Monte Bastione, até os intensos embates em Montese e Fornovo di Taro, a precisão e a eficácia do apoio de fogo foram essenciais para o sucesso das operações de infantaria.
O primeiro tiro da artilharia brasileira, em apoio à conquista da cidade de Massarosa, marcou a entrada efetiva do Brasil nos combates terrestres da Europa. As missões de apoio foram fundamentais para desarticular posições alemãs fortificadas, proteger a progressão das tropas aliadas e permitir o avanço contínuo frente à resistência nazifascista.
Utilizando obuses de campanha e outras peças de artilharia, os brasileiros demonstraram elevada competência técnica e capacidade de adaptação ao terreno montanhoso italiano, enfrentando condições climáticas adversas e forte resistência inimiga.
O Significado Histórico do Último Tiro em Fornovo di Taro
O último disparo da artilharia brasileira, realizado em Fornovo di Taro, simbolizou muito mais que o encerramento de um combate: foi o marco da vitória da FEB e da contribuição definitiva do Brasil para a derrota do Eixo na Europa. Naquela madrugada, em meio ao processo de rendição de quase 15 mil soldados da 148ª Divisão de Infantaria Alemã, o Brasil reafirmou sua posição ao lado das nações que lutaram pela liberdade e pelos direitos humanos.
O feito elevou o prestígio internacional do Brasil no pós-guerra, consolidando sua participação ativa na reconstrução da ordem mundial. No plano interno, o sucesso da FEB tornou-se um símbolo de unidade nacional, capacidade militar e projeção internacional, inspirando gerações de militares e civis.
O disparo final também selou o comprometimento dos brasileiros com ideais de coragem, honra e respeito às leis da guerra, valores que continuam a nortear o Exército Brasileiro até os dias de hoje.
O Legado do 21º Grupo de Artilharia e a Memória da FEB
O 21º Grupo de Artilharia de Campanha (21º GAC), sediado em Niterói (RJ) e subordinado ao Comando Militar do Leste, guarda laços históricos diretos com o grupo de artilharia que atuou nos campos da Itália durante a Segunda Guerra Mundial. Essa conexão mantém viva a memória dos heróis da FEB, perpetuando suas tradições de bravura e excelência operacional.
Ao relembrar o último tiro disparado há 80 anos, o Exército Brasileiro reforça seu compromisso com a preservação da história militar nacional e com a valorização dos veteranos que lutaram sob a insígnia da cobra fumando. A saga da FEB continua a ser lembrada em cerimônias, eventos históricos e atividades educativas, garantindo que o legado dos nossos expedicionários jamais se perca.
Assim, o passado de glórias continua a inspirar o presente e a guiar o futuro das tropas brasileiras, que seguem firmes no compromisso de servir à Pátria com lealdade e determinação.
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