FEB: 80 anos da conquista de Castelnuovo na 2ª Guerra Mundial

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No dia 5 de março de 1945, a Força Expedicionária Brasileira (FEB) superou desafios extremos e conquistou Castelnuovo, um ponto estratégico na Campanha da Itália. Com apoio da artilharia e coordenação com tropas aliadas, os brasileiros enfrentaram bombardeios intensos e resistência fortificada dos alemães. Oitenta anos depois, a memória dos pracinhas segue viva, lembrando ao Brasil o sacrifício e a coragem daqueles que lutaram na Segunda Guerra Mundial.

A importância estratégica da conquista de Castelnuovo

A Campanha da Itália, travada entre 1943 e 1945, foi uma das frentes de combate mais árduas da Segunda Guerra Mundial. Os Aliados enfrentavam tropas alemãs fortemente entrincheiradas em terrenos montanhosos, onde qualquer avanço exigia um alto custo em vidas e recursos. Nesse contexto, a 1ª Divisão de Infantaria Expedicionária (1ª DIE), formada pelos soldados brasileiros da FEB, teve um papel crucial nas operações contra o Exército nazista.

Castelnuovo era um ponto estratégico no vale do rio Marano, cuja posição elevada permitia aos alemães controlar as rotas de abastecimento e coordenar ataques defensivos. Para garantir o avanço das tropas aliadas, era essencial tomar a localidade, eliminando a resistência inimiga. Assim, a missão da FEB foi coordenada com a 10ª Divisão de Montanha dos Estados Unidos, que já estava em combate na região desde o dia 3 de março.

O sucesso da FEB em Castelnuovo representou um avanço significativo para os Aliados, abrindo caminho para novas ofensivas contra os alemães e consolidando a participação do Brasil na luta contra o nazifascismo.

O combate e a bravura dos pracinhas em Castelnuovo

A ofensiva contra as posições alemãs em Castelnuovo foi liderada pelos 1º e 2º Batalhões do 11º Regimento de Infantaria (I/11º RI e II/11º RI) e pelos 1º e 2º Batalhões do 6º Regimento de Infantaria (6º RI), que tiveram a missão de neutralizar as posições inimigas e garantir o avanço das tropas.

O ataque começou com forte resistência das tropas alemãs, que utilizaram metralhadoras, artilharia pesada e bombardeios para tentar conter o avanço dos brasileiros. As tropas da FEB sofreram baixas antes mesmo de iniciar o deslocamento, o que levou à intervenção da Artilharia Divisionária, sob o comando do General Cordeiro de Farias. O bombardeio pesado sobre os observatórios inimigos enfraqueceu a defesa nazista e abriu caminho para o ataque final.

Às 18h do dia 5 de março de 1945, Castelnuovo foi tomado pelas tropas brasileiras, ao mesmo tempo que o 2º Batalhão do 6º RI conquistava as posições de Soprassasso, ao sudoeste da cidade. A vitória foi conquistada a um custo alto: quase 70 baixas brasileiras, representando um terço das perdas da FEB no mês de março de 1945.

O heroísmo dos pracinhas ficou marcado na história militar brasileira, demonstrando disciplina, coragem e espírito de luta. A conquista de Castelnuovo foi mais um passo decisivo rumo à vitória final contra o Eixo na Itália.

A memória dos heróis da FEB e o legado para o Brasil

Oitenta anos após a conquista de Castelnuovo, a memória dos soldados da FEB continua sendo reverenciada pelo Exército Brasileiro e por historiadores militares. Eventos e cerimônias são realizados em todo o país para homenagear aqueles que combateram na Segunda Guerra Mundial, assegurando que suas histórias de bravura sejam lembradas pelas futuras gerações.

Além disso, a FEB tornou-se um símbolo da capacidade do Brasil de atuar no cenário internacional e de defender os valores da liberdade e da democracia. A participação dos pracinhas na Campanha da Itália foi fundamental para consolidar a experiência militar brasileira e modernizar as Forças Armadas.

O compromisso de preservar a memória desses combatentes é uma forma de reconhecer o sacrifício daqueles que enfrentaram os horrores da guerra para defender a soberania e os ideais de um mundo livre do totalitarismo. A conquista de Castelnuovo permanece como um exemplo de heroísmo e dedicação dos brasileiros que, mesmo distantes de sua pátria, lutaram com honra e determinação.

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Marcelo Barros, com informações e imagens do Exército Brasileiro
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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