Exército intensifica presença em Javari e Içá durante operação

Barco navegando em rio na floresta tropical.
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Na imensidão verde da Amazônia Ocidental, onde os rios cruzam fronteiras invisíveis e a presença do Estado se mede em quilômetros de mata fechada, o Exército Brasileiro avança firme. Durante a Operação Ágata Amazônia 2025, militares do 8º Batalhão de Infantaria de Selva (8º BIS) atuaram com precisão em áreas críticas como Javari e Içá, reforçando a soberania nacional e combatendo ilícitos transfronteiriços.

Atuação tática: a engrenagem da Operação Ágata Amazônia 2025

Sob coordenação do Comando Militar da Amazônia (CMA), a Operação Ágata Amazônia 2025 mobilizou tropas do 8º BIS, subordinado à 16ª Brigada de Infantaria de Selva, em uma complexa malha de patrulhamento e monitoramento na fronteira oeste. Em pontos estratégicos como Palmeiras do Javari, Igarapé Urutauí e Estirão do Equador, foram instalados Postos de Controle e Interdição Fluvial (PCIFlu), ampliando a capacidade de fiscalização dos eixos hidrográficos utilizados para o tráfico de entorpecentes e contrabando.

Militares em barco patrulhando rio na selva.

As ações integraram também o Reconhecimento de Fronteira (REFRON), essencial para mapear áreas sensíveis e reforçar a vigilância permanente. O uso de embarcações tipo voadeira, aliadas ao conhecimento do terreno por parte das tropas especializadas em selva, permitiu uma cobertura eficaz mesmo nas regiões mais inóspitas. Uma das apreensões mais relevantes foi a de substância análoga à cocaína, transportada por dois indivíduos, posteriormente entregues à Polícia Civil com o devido cumprimento legal.

Segurança e presença do Estado: impacto nas comunidades locais

A presença do Exército na região ultrapassa o aspecto militar. As ações durante a Operação Ágata também geram sensação de segurança nas comunidades ribeirinhas e indígenas, muitas vezes expostas ao abandono institucional e à violência gerada por organizações criminosas. A atuação do 1º Pelotão Especial de Fronteira, por exemplo, incluiu atividades na Aldeia São Meireles, promovendo contato com lideranças locais e assegurando a proteção da população tradicional.

Esse vínculo entre militares e comunidades permite a coleta de informações cruciais sobre movimentações suspeitas, contribuindo para o êxito das operações. Ao mesmo tempo, a atuação coordenada com órgãos civis e de segurança pública fortalece a interoperabilidade entre instituições, uma diretriz cada vez mais valorizada nas políticas de defesa e segurança nacional.

Soberania em foco: Amazônia como fronteira estratégica

A Amazônia Ocidental representa não apenas uma fronteira física, mas um eixo estratégico para a defesa nacional. A Tríplice Fronteira entre Brasil, Peru e Colômbia concentra desafios que extrapolam o território nacional, como o tráfico internacional de drogas, crimes ambientais e a atuação de facções transnacionais. Nesse cenário, o papel do Exército Brasileiro é vital para assegurar a presença do Estado e consolidar o controle territorial em zonas de difícil acesso.

A Operação Ágata, ao empregar meios de Guerra e Não-Guerra, cumpre a missão constitucional das Forças Armadas de garantir a soberania, a lei e a ordem, além de cooperar para o desenvolvimento e bem-estar social. A permanência do 8º BIS e dos Pelotões Especiais de Fronteira é um símbolo da resistência institucional em uma das regiões mais desafiadoras do país — e do mundo.

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Marcelo Barros, com informações e imagens do Exército Brasileiro
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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