Exército Brasileiro avança no adestramento para a CORE 2025

Não fique refém dos algoritmos, nos siga no Instagram, Telegram ou no Whatsapp e fique atualizado com as últimas notícias. |
No sertão nordestino, o som dos disparos e o deslocamento das tropas da 10ª Brigada de Infantaria Motorizada romperam a rotina da paisagem. A Operação Carcará III, realizada entre 31 de maio e 5 de junho, marcou mais um passo decisivo no processo de adestramento das forças brasileiras para a aguardada Operação CORE 2025. O exercício simboliza a busca contínua por excelência e interoperabilidade com o Exército dos Estados Unidos.
Tecnologia e Realismo: Como a simulação de combate eleva o nível operacional
Para atingir os elevados padrões exigidos pela Operação CORE 2025, o Exército Brasileiro investiu fortemente em tecnologia de simulação durante a Operação Carcará III. O exercício contou com o uso do Dispositivo de Simulação de Engajamento Tático (DSET), que permite reproduzir, com precisão, os efeitos de armas reais em ambiente controlado. Além disso, o software Expert, ferramenta essencial para o acompanhamento e análise das ações táticas, foi empregado para monitorar o desempenho das tropas em tempo real.
O realismo imposto pelos sistemas de simulação trouxe aos militares uma experiência próxima das condições de combate. Cenários complexos, com variáveis ambientais, simulação de fogos inimigos e deslocamentos rápidos em terreno adverso, exigiram dos pelotões o domínio de Técnicas, Táticas e Procedimentos (TTPs) atualizados, refletindo o padrão das operações modernas. Esse investimento tecnológico reforça o compromisso da Força Terrestre em manter suas tropas em um elevado grau de prontidão.
Preparação física e emocional: O impacto do treinamento intensivo nas tropas
Além da tecnologia, a Operação Carcará III foi um teste extremo para o preparo físico e emocional dos militares da 10ª Brigada de Infantaria Motorizada. Durante seis dias de atividades ininterruptas, os soldados foram expostos a simulações de combate de alta intensidade, privação de sono e condições climáticas severas típicas da Caatinga.
Para muitos, o exercício representou o desafio de manter o foco e a resistência física após horas de marcha, tiro e ações coordenadas. O aspecto psicológico também foi colocado à prova: a convivência em ambiente de pressão constante exigiu espírito de corpo, disciplina emocional e tomada de decisões rápidas. A liderança de pequenos escalões, como comandantes de pelotão e grupo de combate, foi fundamental para o sucesso das missões simuladas.
O resultado foi um ganho visível de coesão, confiança operacional e preparo moral, características essenciais para o êxito em missões conjuntas com forças estrangeiras.
Interoperabilidade Brasil-EUA: A importância da CORE 2025 para a defesa nacional
A Operação CORE 2025, prevista para novembro nos municípios de Petrolina (PE) e Lagoa Grande (PE), será um marco nas relações de defesa entre o Brasil e os Estados Unidos. O exercício conjunto, fruto de anos de cooperação bilateral, busca aprimorar a interoperabilidade, ou seja, a capacidade das duas forças armadas de atuarem de forma coordenada e eficiente em cenários de crise.
Além do ganho operacional, a CORE 2025 representa um avanço estratégico para o Brasil: reforça o compromisso com a segurança regional, fortalece os laços institucionais com um dos principais parceiros internacionais e projeta a capacidade militar brasileira no cenário global.
Por fim, a realização de um exercício desse porte em território nacional também valoriza o bioma da Caatinga como ambiente de adestramento, oferecendo ao Exército a oportunidade de operar em condições climáticas e geográficas que exigem o máximo das tropas. Com a Operação Carcará III, a Força Terrestre demonstra estar cada vez mais preparada para os desafios da CORE 2025.
Participe no dia a dia do Defesa em Foco
Dê sugestões de matérias ou nos comunique de erros: WhatsApp 21 99459-4395