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Aos 100 anos de idade, o Capitão Severino Gomes de Souza foi ovacionado por civis e militares durante uma sessão solene na Assembleia Legislativa de Pernambuco (ALEPE), que celebrou os 80 anos das vitórias da FEB na Segunda Guerra Mundial. A homenagem simbolizou o reencontro entre o presente e uma geração que lutou por liberdade em solo europeu.
Reconhecimento institucional e a valorização da história militar
A solenidade promovida pela ALEPE, proposta pelo deputado Renato Antunes, transcende o ato simbólico. Trata-se de um gesto concreto de reconhecimento institucional à importância da memória militar brasileira. Ao homenagear um veterano da Força Expedicionária Brasileira, a casa legislativa estadual contribui diretamente para a preservação da história nacional, reforçando os vínculos entre civis e militares em torno de valores comuns como a liberdade, o sacrifício e o patriotismo.
A presença de autoridades dos três poderes, das Forças Armadas e de representantes internacionais, como cônsules da Itália, Alemanha e Eslovênia, deu à cerimônia um caráter de diplomacia cívica e de valorização da memória institucional da FEB. Esse tipo de evento ajuda a manter viva a chama de um dos episódios mais significativos da participação brasileira em conflitos internacionais e destaca o papel do Nordeste no esforço de guerra.
O simbolismo do veterano como herói nacional
O momento mais emocionante da solenidade foi a homenagem ao Capitão Severino Gomes de Souza, natural de João Câmara (RN) e residente no Recife. Ao receber o título de Cidadão Honorífico Pernambucano, o veterano de guerra personificou os ideais de coragem, abnegação e serviço à pátria que marcaram a atuação da FEB na Itália.
A imagem de Severino, centenário, vestindo seu uniforme cerimonial e sendo aplaudido de pé por uma plateia diversa, revela a força simbólica do ex-pracinha como herói nacional. Não apenas como combatente, mas como guardião da memória e exemplo de cidadania para as novas gerações. Em tempos de efemeridade, sua história se impõe como um marco de resistência moral e histórica, lembrando que o Brasil teve filhos que sangraram em nome da liberdade alheia.
A FEB na memória cívica brasileira: entre passado e presente
A Força Expedicionária Brasileira é, ao mesmo tempo, um capítulo glorioso e frequentemente subestimado da história do Brasil. A realização de eventos como o promovido pela ALEPE representa uma tentativa de corrigir essa lacuna, integrando a narrativa dos pracinhas ao cotidiano político e cívico do país. Ao trazer a memória da FEB para o parlamento estadual, a Assembleia reafirma que a história militar é também parte da educação, da cultura e da cidadania brasileira.
Além disso, a presença de jovens, autoridades e representantes de instituições de ensino reforça o caráter pedagógico da solenidade. Estimula o debate sobre o papel do Brasil no mundo, a importância da soberania nacional e o compromisso com a democracia. A FEB, mais do que uma tropa, representa um legado de dever, que continua inspirando políticas de defesa, memória e identidade nacional.
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