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Um estudo recente conduzido pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) trouxe à tona a ineficácia do sistema de alertas para desastres e eventos adversos baseado em Códigos de Endereçamento Postal (CEPs) no Brasil. A pesquisa, originada de uma tese de doutorado de Murilo Noli da Fonseca, membro do Programa de Pós-Graduação em Gestão Urbana da PUC-PR, destaca uma problemática significativa no que se refere à segurança pública e gestão de riscos de desastres.

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Metodologia e Descobertas Iniciais

A pesquisa começou em Curitiba e se expandiu para outras capitais, incluindo Minas Gerais, Rio de Janeiro, Amazonas e Pernambuco. Os pesquisadores realizaram um mapeamento detalhado, cruzando dados de cadastramento de celulares com áreas de vulnerabilidade socioeconômica e ambiental. Um achado alarmante foi a baixa adesão ao sistema de alertas em áreas reconhecidamente vulneráveis. O estudo apontou para uma realidade preocupante: a falta de regularização urbanística dessas áreas impede a atribuição de CEPs, excluindo moradores de receberem alertas vitais.

Limitações e Desafios do Sistema Atual

O sistema atual, baseado em mensagens de texto (SMS), apresenta várias limitações. Uma delas é a barreira da alfabetização, além da dependência da regularização das áreas para atribuição de CEP. O estudo ressalta a necessidade de alternativas mais inclusivas e eficazes para alcançar todas as camadas da população, especialmente aquelas em situação de vulnerabilidade. A pesquisa também enfatiza as restrições enfrentadas pelos órgãos de Defesa Civil, incluindo limitações de recursos humanos, financeiros e materiais.

Perspectivas Futuras

Visando uma abordagem mais ampla e inclusiva, a pesquisa propõe expandir o mapeamento para mais cidades e explorar alternativas de alerta, como o uso do WhatsApp. A intenção é superar as barreiras do sistema baseado em CEP e encontrar soluções que garantam a disseminação efetiva de alertas de desastres para todas as áreas, independentemente de seu status de regularização.

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).