Os contratos correspondentes foram assinados pela holding Russian Helicopters (parte da Rostec State Corporation) em novembro-dezembro de 2020 com a sociedade brasileira Indústria de Aviação e Serviços (IAS), empresa autorizada da Força Aérea Brasileira. De acordo com os contratos, a holding Russian Helicopters garantirá o fornecimento de jogos de reparação de grupo para as unidades que serão consertadas no Brasil, fornecerá uma série de novos componentes, bem como irá consertar algumas unidades na Federação Russa. Além disso, os especialistas do Centro Nacional de Tecnologias de Helicópteros “Mil e Kamov” realizarão uma extensão individual do período entre revisões para os helicópteros Mi-35M.

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Os helicópteros serão reparados no centro de serviços da IAS, criado no âmbito das obrigações de compensação do lado russo ao abrigo do contrato de fornecimento de 12 helicópteros Mi-35M ao Brasil.

“Atribuímos uma particular importância a este projeto e estamos totalmente preparados para sua implementação. Estou confiante de que nossos parceiros brasileiros serão capazes de resolver rapidamente uma série de questões técnicas para iniciar o trabalho. Em particular, esperamos que a IAS assine cinco acordos adicionais, bem como nos envie as listas de unidades para substituição ou reparo na Rússia, acordadas com a Força Aérea Brasileira. Sem esses documentos, não podemos começar a produzir e completar produtos e unidades necessárias para a grande revisão”, sublinhou Andrei Boginsky, diretor-geral da holding Russian Helicopters.

Em 2018, o comandante do 8º esquadrão do 2º GAV da Força Aérea Brasileira, Major da Aviação Rômulo Amaral, em entrevista à revista Russian Helicopters, destacou a alta confiabilidade dos helicópteros russos Mi-35M e sua prontidão para executar tarefas mesmo em condições climáticas difíceis.

 “A adaptação dos helicópteros russos às condições da Amazônia foi realizada com sucesso e, apesar das diferenças climáticas entre o Brasil e o país em desenvolvimento, a adaptação foi mínima. O helicóptero se mostrou realmente sólio e confiável o que são as mais importantes características de uma aeronave projetada para guerra. A região amazônica permite que a aeronave de asas rotativas maximize sua versatilidade, pelo fato de não necessitar de pista preparada – pode pousar em qualquer superfície dura, em áreas remotas, com o mínimo de infraestrutura de solo e independentemente das condições climatéricas, proporcionando uma cobertura de combate constante”, afirmou Rômulo Amaral.

Segundo ele, ao participar de grandes eventos, o helicóptero praticou ações para dar cobertura a objetos importantes. As capacidades do helicóptero foram confirmadas durante a conferência Rio+20, Copa das Confederações (2013), Copa do Mundo FIFA (2014), Jogos Olímpicos (2016) e Operação Ostium (2017).

O Mi-35M é o único helicóptero de combate universal do mundo capaz de transportar até 8 militares com armas, até 1.500 kg de munição ou outra carga dentro da cabine, bem como até 2.400 kg de carga em eslinga externa, evacuar os feridos e entregar pessoal técnico a bases autônomas. O uso de combate ininterrupto e em qualquer clima do helicóptero oferece a capacidade de realizar missões de combate para apoio aéreo às forças terrestres a qualquer hora do dia e em quaisquer condições climáticas.

O helicóptero se distingue pelas características de altitude significativa, com a capacidade de realizar decolagens e pousos em locais de concreto e não pavimentados localizados em altitudes de até 4000 m acima do nível do mar. Além disso, as soluções de design bem-sucedidas usadas no Mi-35 tornam possível usar o helicóptero russo em uma ampla gama de condições físicas, geográficas e climáticas, inclusive nas montanhas, em temperaturas de -50°C a + 50°C.

Fonte: Russian Helicopters Holding Company

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).