São mais de 1,1 milhão de produtores de leite no Brasil e, somente em 2018, foram mais de 33,8 bilhões de litros produzidos, de acordo com o IBGE. Vislumbrando um avanço ainda maior na qualidade deste setor, a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) está utilizando tecnologias em nuvem, Internet das Coisas (IoT), Inteligência Artificial (IA) e análise de dados, por meio de parceria com a Microsoft, a fim de reduzir estresse, doenças e infecções em vacas leiteiras, bem como aumentar a produtividade do leite no país. 

A empresa, que recebe mais de 5 mil produtores de leite por ano em sua fazenda experimental em Minas Gerais, inaugurou recentemente o Compost Barn, espaço onde são utilizadas as inovações baseadas em Azure, plataforma de nuvem da Microsoft. Sob o conceito “Vacas e Pessoas Felizes”, a fazenda visa mostrar na prática os benefícios das tecnologias tanto para os animais, quanto para os próprios produtores.  

O Compost Barn é equipado com um sistema de IoT que funciona com câmeras e sensores inteligentes, que visam identificar o movimento dos animais, além de gerar dados para o controle de temperatura, luminosidade, momento ideal de entrega de água e alimentos. Dessa forma, os produtores conseguem ter um rebanho mais saudável e produtivo.  

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De acordo com Wagner Arbex, analista de pesquisa e desenvolvimento da Embrapa, um dos maiores gargalos do mercado de leite no país é a tecnologia conseguir chegar até os produtores. “As soluções já existiam e o interesse pela inovação também. Nossa parceria com a Microsoft consistiu em, exatamente, criar esse elo entre os produtores e a tecnologia, de forma a evidenciá-la e levá-la para mais lugares do país”, comenta.  

O executivo comenta ainda que o próximo passo do projeto é aplicar tecnologias para o monitoramento da umidade do solo por onde caminham as vacas leiteiras), como forma de reduzir possibilidade de infecções.  

“O mercado de produção de leite é o maior no agronegócio e tem uma participação muito significativa na nossa economia. Apoiar a transformação digital no setor é pensar no desenvolvimento de toda a sua cadeia: desde as fazendas e produtores, até a qualidade do produto final que chega na casa dos consumidores”, comenta Ronan Damasco, diretor de tecnologia da Microsoft Brasil. 

Silo: Inovação Aberta 

Outra parceria com a Microsoft é a inauguração do “Silo: Inovação Aberta”, que funcionará em Juiz de Fora (MG) com o objetivo de reunir grandes empresas do agronegócio, startups e instituições de ensino. O local funcionará como um centro tecnológico que contará com toda a infraestrutura de nuvem da Microsoft para a criação de softwares, soluções de IoT, Inteligência Artificial, desenvolvimento de análise de dados e aplicativos. 

“Desde 2015, vínhamos percebendo todo um cenário favorável para a inovação com o avanço das startups. Ao mesmo tempo, identificamos que o mercado de agronegócio não seguia o mesmo ritmo. Por isso, nossa missão é de alavancar o ecossistema por meio da transformação digital e do empreendedorismo. Com o Silo, apoiaremos não só as startups que estão surgindo, mas também as grandes empresas em seus processos de crescimento”, diz Arbex 

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).