O encarregado de negócios da embaixada da Ucrânia, Anatoliy Tkach.

Há um ano, milhões de ucranianos começaram a deixar o país devido às bombas disparadas pela Rússia. Mulheres e crianças, em sua maioria, foram morar em outros países da Europa ou até mais longe, como no Brasil, enquanto os homens ficaram para lutar. No entanto, apesar do cenário de destruição mostrado ao mundo ao longo dos últimos 12 meses, o chefe da Embaixada da Ucrânia, Anatoliy Tkach, avalia que a estratégia militar russa em território ucraniano fracassou.

Nos siga no Instagram, Telegram ou no Whatsapp e fique atualizado com as últimas notícias de nossas forças armadas e indústria da defesa.

Em entrevista, Tkach afirmou que os territórios ocupados pelos russos estão sendo recuperados pelas tropas ucranianas. Segundo ele, a Rússia passou a enviar criminosos condenados para o front, o que ele classifica como uma evidência desse fracasso. O chefe da embaixada da Ucrânia no Brasil também explicou que a atual guerra poderia ter sido evitada caso o ocidente tivesse reagido, em 2014, durante a anexação da Crimeia pela Rússia, da forma como reagiu em 2022, quando os russos avançaram em território ucraniano.

Tkach estima que os bombardeios na Ucrânia resultaram em pelo menos US$ 46 bilhões em prejuízos, uma vez que “um terço do território está contaminado com objetos explosivos”. A queda no PIB foi superior a 30%, e, em meio a esse cenário, pelo menos 6 milhões de pessoas deixaram o país.

A entrevista com o chefe da Embaixada da Ucrânia revela que, embora a guerra na Ucrânia tenha causado grande destruição, a estratégia militar russa fracassou e os territórios ocupados pelos russos estão sendo recuperados pelas tropas ucranianas. Além disso, Tkach enfatiza que a guerra poderia ter sido evitada se o ocidente tivesse reagido durante a anexação da Crimeia em 2014. O prejuízo econômico e o êxodo em massa de ucranianos são evidências do impacto da guerra na vida das pessoas e na economia do país.

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).