ECEME debate ameaças cibernéticas com especialistas do Brasil e do exterior

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Um evento reservado, mas de grande impacto: seguindo as regras da Chatham House, a Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME) abriu suas portas para especialistas nacionais e internacionais debaterem os desafios da cibersegurança latino-americana. Com foco em ciência militar, pensamento crítico e defesa nacional, o encontro representou mais um passo da Escola rumo à excelência nos Estudos Estratégicos de Defesa.
A estrutura da mesa-redonda e a metodologia Chatham House
Realizada no dia 2 de julho, a mesa-redonda intitulada “Cyber Statecraft: Cyber Threats in Latin America” foi organizada em parceria com o King’s College London (KCL), uma das instituições acadêmicas mais respeitadas do mundo em segurança internacional. O formato Chatham House, adotado para o evento, garantiu liberdade para a troca de ideias sensíveis e estratégicas em um ambiente protegido — onde os participantes podem usar as informações discutidas, mas não podem atribuí-las a indivíduos ou instituições.
O debate contou com a presença de representantes do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Ministério das Relações Exteriores, Fundação Getúlio Vargas (FGV-Rio), Centro Integrado de Segurança em Sistemas Avançados (CISSA/CESAR) e do Consulado Britânico no Rio de Janeiro. A diversidade dos participantes refletiu a natureza transversal do tema, que exige articulação entre setores diplomáticos, acadêmicos, militares e tecnológicos.
Panorama das ameaças cibernéticas na América Latina
Durante a mesa-redonda, os especialistas analisaram o crescente número de ataques cibernéticos que afetam infraestruturas críticas, instituições públicas, sistemas financeiros e plataformas de informação na América Latina. A região tem enfrentado uma combinação preocupante de vulnerabilidades tecnológicas, ausência de normatização regional e baixa cooperação internacional em tempo real.
No caso brasileiro, os desafios incluem a proteção de dados governamentais, a defesa de redes militares e civis estratégicas e a necessidade urgente de formar recursos humanos especializados em cibersegurança. O evento destacou ainda a importância de desenvolver uma doutrina nacional de ciberdefesa, integrada com os demais países da região, a fim de garantir resiliência digital e soberania cibernética.
A ECEME como polo de pensamento estratégico e Defesa
A realização da mesa-redonda reforça o papel da ECEME como centro de excelência em formação de lideranças militares e civis, promovendo uma visão crítica e multidisciplinar sobre os desafios contemporâneos da Defesa. A parceria com o King’s College London consolida o diálogo entre instituições de ponta e insere o Brasil em importantes redes internacionais de produção de conhecimento estratégico.
Ao fomentar o debate sobre temas como cibersegurança, guerra híbrida, inteligência artificial e defesa digital, a ECEME contribui diretamente para a atualização doutrinária das Forças Armadas e para a formação de profissionais preparados para lidar com ameaças assimétricas. A iniciativa está alinhada ao esforço nacional de ampliar a cultura de Defesa e integrar a sociedade nos desafios do século XXI.
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