Polícia Federal realiza exercício simulado com o uso de drones para o combate a crimes eleitorais nos dias das eleições municipais de 2020, na Praça Mauá, região portuária do Rio de Janeiro.

Uma pesquisa realizada pela Escola de Direito do Rio de Janeiro da Fundação Getulio Vargas (FGV Direito Rio) revelou que os drones são a tecnologia mais presente no combate à criminalidade no Brasil. De acordo com o estudo “Segurança Pública na era do Big Data: mapeamento e diagnóstico da implementação de novas tecnologias no combate à criminalidade”, 63% das forças de segurança das 27 unidades da federação utilizam drones em suas operações.

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A pesquisa analisou 2.412 reportagens e publicações de grande circulação no país sobre o uso de tecnologias baseadas em dados pelas forças de segurança pública. Logo após os drones, a ferramenta tecnológica mais presente é o reconhecimento óptico de caracteres (OCR), utilizado em 44% das unidades da federação, principalmente na leitura eletrônica de placas de veículos.

O reconhecimento facial é utilizado por 33% dos aparatos de segurança, enquanto as câmeras nos uniformes dos policiais estão presentes em 22% das forças de segurança. O policiamento preditivo, que aplica modelagem computacional aos dados criminais passados para prever atividades criminosas futuras, é empregado em 7% dos estados.

O estudo foi realizado por pesquisadores do Centro de Justiça e Sociedade da FGV Direito Rio ao longo de 18 meses e analisou 23 entrevistas com atores-chave das forças de segurança na cidade do Rio de Janeiro. Segundo a professora Fernanda Prates, uma das coordenadoras do levantamento, as novas tecnologias são imprescindíveis para as atividades do dia a dia dos profissionais de segurança pública.

A pesquisa visa promover o diálogo entre os atores envolvidos no sistema penal e ajudar a entender como aplicar essas tecnologias de forma eficaz. Além disso, o estudo pode contribuir para a criação de medidas regulatórias e políticas públicas voltadas para a segurança.

Os resultados da pesquisa serão apresentados no livro “Segurança Pública na era do Big Data: mapeamento e diagnóstico da implementação de novas tecnologias no combate à criminalidade”, que será lançado em breve.

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).