Uma pesquisa realizada pela Escola de Direito do Rio de Janeiro da Fundação Getulio Vargas (FGV Direito Rio) revelou que os drones são a tecnologia mais presente no combate à criminalidade no Brasil. De acordo com o estudo “Segurança Pública na era do Big Data: mapeamento e diagnóstico da implementação de novas tecnologias no combate à criminalidade”, 63% das forças de segurança das 27 unidades da federação utilizam drones em suas operações.
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A pesquisa analisou 2.412 reportagens e publicações de grande circulação no país sobre o uso de tecnologias baseadas em dados pelas forças de segurança pública. Logo após os drones, a ferramenta tecnológica mais presente é o reconhecimento óptico de caracteres (OCR), utilizado em 44% das unidades da federação, principalmente na leitura eletrônica de placas de veículos.
O reconhecimento facial é utilizado por 33% dos aparatos de segurança, enquanto as câmeras nos uniformes dos policiais estão presentes em 22% das forças de segurança. O policiamento preditivo, que aplica modelagem computacional aos dados criminais passados para prever atividades criminosas futuras, é empregado em 7% dos estados.
O estudo foi realizado por pesquisadores do Centro de Justiça e Sociedade da FGV Direito Rio ao longo de 18 meses e analisou 23 entrevistas com atores-chave das forças de segurança na cidade do Rio de Janeiro. Segundo a professora Fernanda Prates, uma das coordenadoras do levantamento, as novas tecnologias são imprescindíveis para as atividades do dia a dia dos profissionais de segurança pública.
A pesquisa visa promover o diálogo entre os atores envolvidos no sistema penal e ajudar a entender como aplicar essas tecnologias de forma eficaz. Além disso, o estudo pode contribuir para a criação de medidas regulatórias e políticas públicas voltadas para a segurança.
Os resultados da pesquisa serão apresentados no livro “Segurança Pública na era do Big Data: mapeamento e diagnóstico da implementação de novas tecnologias no combate à criminalidade”, que será lançado em breve.