O auditório de odontologia da Universidade Federal Fluminense (UFF) foi palco de uma cerimônia importante nesta terça-feira (06). O evento marcou a institucionalização do conselho acadêmico do Instituto de Estudos Estratégicos (INEST). O INEST, que é um centro de formação e pesquisa focado na análise de questões estratégicas relativas à Defesa Nacional e à Segurança Internacional, tem como objetivo principal capacitar estudiosos brasileiros para conduzirem e valorizarem o pensamento estratégico.

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O INEST foi criado graças aos esforços de um grupo de professores da UFF, que no final dos anos 90 e início dos anos 2000, fundaram o Núcleo de Estudos. Esta iniciativa pioneira serviu como um instrumento de obtenção científica do conhecimento, com o objetivo de servir à sociedade brasileira em sua totalidade. Esta novidade, inédita até então em outras universidades do país, chamou a atenção da Marinha do Brasil (MB), que viu na iniciativa uma oportunidade de difundir a mentalidade de defesa e segurança internacional.

A Visão do INEST Sobre Estudos Estratégicos

O propósito do INEST é bem definido. Segundo o professor emérito da UFF e primeiro Diretor do INEST-UFF, Dr. Eurico de Lima Figueiredo, “o instituto tem um propósito voltado para a compreensão dos estudos estratégicos no contexto das relações internacionais. Isso significa que estamos interessados em entender o sistema de relações internacionais a partir do papel das Forças Armadas. Ou seja, não se pode entender o mundo contemporâneo, caso não se compreenda, também, a história de seus conflitos, de suas revoluções e de suas guerras”.

O conselho institucionalizado não tem funções deliberativas, mas atua como órgão consultivo do INEST/UFF, contribuindo principalmente para o planejamento do instituto e a sua relação com as Forças Armadas, a mídia, e o mundo político e econômico.

A Importância da Parceria entre a Marinha do Brasil e o INEST

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Para o Almirante de Esquadra Mauro Cesar Rodrigues Pereira, integrante do conselho, a Marinha, devido à sua natureza, tem uma visão de futuro. A parceria com o INEST veio quando perceberam que a universidade estava formando um grupo para iniciar formalmente estudos que levariam a sociedade brasileira a transformar-se e adotar um pensamento estratégico. “Nos associamos a ela, vislumbrando a possibilidade de poder difundir, cada vez mais, esse tipo de pensamento, o qual agregaria valores à sociedade”, afirma.

O INEST na Prática

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Atualmente, o INEST conta com um efetivo de aproximadamente 600 pessoas, entre professores, pesquisadores, funcionários e estudantes de graduação e de pós-graduação, especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado. “Os estudos estratégicos são uma área importante para o Brasil, que é um país grande, fronteiriço, tanto terrestre, quanto marítimo. Embora não tenhamos grandes conflitos registrados na História, precisamos nos preocupar com o futuro, já que não temos tanta clareza do que pode acontecer, especialmente quando se olha o cenário geopolítico. Logo, o Brasil precisa estar preparado, estrategicamente, com forças robustas, capazes de aniquilar qualquer tipo de ameaça que possa surgir”, enfatiza a doutoranda em estudos estratégicos, Roberta Melo.

Marcelo Barros, com informações da Marinha do Brasil
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).