Por Lane Barreto

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Para aprimorar atuação conjunta dos militares de Operações Especiais, o Ministério da Defesa coordenou treinamento de guerra irregular, entre 16 e 26 de novembro. Sob responsabilidade do Comando de Operações Especiais (COpEsp) do Exército, em Goiânia, cerca de 60 militares compartilharam conhecimentos das Forças Singulares no Treinamento Conjunto de Ações Diretas em Ambiente de Guerra Irregular.

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O Comandante do COpEsp, General de Brigada Carlos Alberto Rodrigues Pimentel, esclarece que o foco do treinamento encontra-se inserido no contexto moderno. “Classificamos como irregular as atividades em que enfrentamos o inimigo que não possui organização formal ou estatal. São operações contraguerrilha e contra-insurgência, por exemplo. É um conceito muito presente, hoje, nos conflitos mundiais e a maioria deles são de natureza irregular”, sublinhou o General.

O treinamento foi dividido em quatro etapas. A última, encerrada nesta sexta-feira (26), foi destinada à análise posterior às ações. O Chefe da Seção de Doutrina do COpEsp, Major Alan Rodrigues dos Santos, explica o escopo do exercício. “O adestramento teve vários objetivos, como, por exemplo, nivelamento doutrinário e treinamento de técnicas, táticas e procedimentos que possibilitam o emprego conjunto das Forças de Operações Especiais”, ressaltou.

O segmento de Operações Especiais das Forças Armadas conta com militares criteriosamente selecionados, capacitados e especializados para atuar em atividades de alto risco. Conforme a necessidade da Força, há hipótese de emprego em operações contraterrorismo e de garantia da lei e da ordem, entre outras.

Para o General Pimentel, o treinamento propicia integração e aperfeiçoamento aos militares de Operações Especiais. “Neste caso especifico, a interoperabilidade é mais simples porque as tropas, praticamente, têm a mesma linguagem. Na capacitação, buscamos estabelecer procedimentos comuns entre as Forças para facilitar uma necessidade eventual e o emprego futuro”, ressaltou.

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Na quarta-feira (24), os militares treinaram avanço em território inimigo com o objetivo de interditar uma antena de comunicação e, assim, possibilitar o emprego da Força Aérea aliada em curto espaço de tempo. Após o êxito da ação, um helicóptero das Forças Armadas se aproximou e transportou os militares do território inimigo.

Ao término das atividades, o operador especial da Força Aérea * A.J.S ressaltou o conhecimento adquirido. “O combate moderno é caracterizado, basicamente, pelo emprego da aviação e das Forças de Operações Especiais, falando no contexto mundial. Podemos executar algumas ações de Força Aérea -por exemplo, reconhecimento especial e guiamento aéreo avançado -no contexto de uma área operacional de guerra irregular”, destacou.

O componente de Operações Especiais da Marinha * R.T.B.S apontou como um dos pontos fortes o desenvolvimento das operações com apoio da parte de comunicações. “Com relação ao envio de informações do terreno ao escalão superior, em todo o tempo, tinham a percepção de onde estávamos. E, a todo momento, informávamos em que fase da missão estávamos, de forma que tudo ocorresse dentro do previsto”, disse.

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Participaram do Exercício integrantes do Batalhão de Operações Especiais de Fuzileiros Navais (Batalhão Tonelero) e do Grupamento de Mergulhadores de Combate (GRUMEC), da Marinha; do 1º Batalhão de Ações de Comandos (1º BAC) e do 1º Batalhão de Forças Especiais (1° B F Esp), do Exército; e do Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (EAS/PARA-SAR) da Força Aérea.

* Devido ao sigilo em torno do treinamento, os nomes dos operadores especiais não são divulgados.

Fotos: Igor Soares

Marcelo Barros, com informações do Ministério da Defesa
Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).