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A Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) sediou o 3º Workshop de Sistemas de Aeronaves Não Tripuladas (UAS), um evento fundamental para a Segurança Pública brasileira. Realizado em parceria com o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), da Força Aérea Brasileira (FAB), o seminário, que aconteceu entre 13 e 15 de junho, reuniu cerca de 150 profissionais de mais de 30 instituições.
O objetivo central do encontro foi divulgar e debater a doutrina nacional do UAS, dando conhecimento a novas normas que entrarão em vigor a partir de 3 de julho para regular o acesso ao espaço aéreo e as operações aéreas especiais. Uma das inovações apresentadas foi a previsão de operações multidrones, que prometem elevar a eficiência das ações de inteligência e segurança.
Os Benefícios dos Drones nas Operações de Inteligência
Durante o workshop, a ABIN destacou os benefícios do uso de drones em operações de Inteligência. Dentre eles, estão o aumento da eficiência das operações, a substituição do uso de imagens de satélite por imagens mais atualizadas e de melhor resolução, e o incremento da segurança para a equipe operacional em campo e para a própria operação.
Os drones podem ser usados para diversos fins nas operações de Inteligência, tais como: monitoramento de eventos críticos, reconhecimento em ambientes noturnos através de sensor térmico, identificação de áreas de extração ilegal de madeira e outros ilícitos ambientais, em apoio a ICMBio e Ibama, e mapeamento de áreas.
O Uso de Drones pelas Forças de Segurança
Os órgãos de segurança também tiveram a oportunidade de expor suas experiências com a tecnologia drone. A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) enumerou vantagens como a possibilidade de realizar imagens para gerenciar uma linha de policiamento, identificando a movimentação de pessoas em tempo real no terreno, redução dos riscos para a atividade policial, e melhoria da distribuição logística.
Já o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) ressaltou a relevância do uso de drones no reconhecimento de incêndios florestais, pois eles permitem identificar focos de incêndio a quilômetros de distância, além de informar onde o fogo começou e para onde está se alastrando.
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) também relatou a ampla gama de operações nas quais a tecnologia de aeronaves remotamente pilotadas é essencial, destacando seu uso para identificar placas à distância, fazer levantamento de locais, monitorar e obter imagens aéreas em investigações, acompanhar veículos e pessoas e efetuar a prisão de alvos.
A Visão Futura das Operações com Drones
O evento se encerrou com a expectativa de que o uso de drones se torne cada vez mais uma ferramenta essencial para as operações de inteligência e segurança. O diretor-geral da ABIN, Luiz Fernando Corrêa, declarou que o workshop contribuiu para consolidar a importância estratégica da tecnologia para o Estado brasileiro e enfatizou que o UAS é um recurso de Inteligência que veio para ficar.
É importante ressaltar que o evento contou com edições anteriores em 2021 e 2022, que aconteceram no Rio de Janeiro e em São Paulo, respectivamente. Ao longo dos anos, o workshop teve aumento no número de órgãos participantes e nos dias de duração do encontro, demonstrando o crescente interesse e relevância do tema.
Com informações da ABIN
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