Culto ecumênico exalta herança da FEB na 2ª Guerra

Cerimônia religiosa com militares em auditório.
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Fé, história e gratidão se encontraram na cerimônia realizada pelo Colégio Militar do Recife, que marcou os 80 anos da vitória da FEB na 2ª Guerra Mundial. O culto ecumênico, conduzido por capelães de diferentes tradições religiosas, exaltou os valores de solidariedade, patriotismo e memória histórica.

A dimensão simbólica da fé nas Forças Armadas

Soldados assistem a palestra em auditório militar.

O papel dos capelães militares transcende a função litúrgica. Em momentos de guerra ou de formação militar, como no ambiente do Colégio Militar do Recife, a presença de líderes espirituais promove um espaço de conforto emocional, reflexão moral e fortalecimento da coesão entre os soldados. O culto ecumênico realizado no Recife é um exemplo claro dessa função integradora: reuniu o Major Addson, o 1º Tenente Cassiano e o representante espírita, Cel. Emerson, em torno de uma mensagem comum de respeito, sacrifício e paz.

Esse caráter simbólico da fé nas Forças Armadas serve como ponte entre passado e presente. No caso da Força Expedicionária Brasileira (FEB), muitos dos soldados enviados à Itália carregavam crucifixos no peito e orações no bolso. Em combate, a espiritualidade muitas vezes era o último recurso diante do medo e da morte iminente. Ao trazer essa dimensão religiosa para o presente, o Exército reforça que valores espirituais e humanos seguem como pilares institucionais.

A importância da memória da FEB para a sociedade brasileira

Atos como o culto ecumênico não apenas homenageiam o passado, mas reafirmam a necessidade de manter viva a memória da FEB. Os pracinhas brasileiros que enfrentaram o rigor do inverno europeu, os combates em Montese e a liberação de cidades italianas como Fornovo e Castelnuovo são peças fundamentais de uma história que ainda carece de pleno reconhecimento nacional.

O evento no Recife não foi apenas uma cerimônia simbólica. Foi também um gesto educativo e social, pois envolveu estudantes, militares e civis em um ritual que reforça a identidade nacional e a valorização do patriotismo. Em tempos de crise ou incerteza política, revisitar a bravura da FEB oferece um espelho de compromisso cívico e integridade moral.

Além disso, a narrativa dos soldados brasileiros na Segunda Guerra aproxima as Forças Armadas da população civil, criando um canal de diálogo histórico que resgata a relevância do Exército como instituição a serviço da paz e da soberania nacional.

A FEB como patrimônio histórico e militar do Brasil

A participação brasileira na Segunda Guerra Mundial é, para muitos, o ponto mais alto do protagonismo internacional das Forças Armadas Brasileiras. Com mais de 25 mil combatentes enviados à Itália, a FEB não apenas lutou ao lado dos Aliados, mas conquistou vitórias militares significativas que ajudaram a apressar o fim do conflito na Europa.

Esses feitos consolidaram um legado de bravura, técnica militar e disciplina que moldou gerações de militares. No contexto atual, o Exército busca manter essa memória viva através de ações como cultos, exposições, solenidades e publicações. A iniciativa do Comando Militar do Nordeste, ao integrar o culto ao calendário do Dia da Vitória, evidencia que a FEB é um patrimônio militar e cultural do país.

Preservar essa memória não é apenas um dever institucional: é uma forma de garantir que o exemplo dos pracinhas continue inspirando os desafios contemporâneos da Defesa Nacional. Afinal, como disse um dos capelães presentes, “a liberdade que hoje celebramos foi conquistada com fé, sangue e coragem”.

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