CIGS: guerreiros de selva concluem primeira etapa do curso

Soldados em treinamento na selva
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Viver isolado, resistir ao desgaste extremo e extrair da floresta o essencial para sobreviver — esse foi o teste que os alunos do Curso de Guerra na Selva enfrentaram e superaram. Concluída a Fase de Vida na Selva, os militares do COS 25 agora exibem com orgulho a primeira onça em suas flâmulas, sinal de que estão prontos para seguir na jornada do guerreiro amazônico.

O que é a Fase de Vida na Selva e como ela transforma o militar

Soldados brasileiros treinam na selva com mochilas pesadas.

A Fase de Vida na Selva é a porta de entrada para o rigoroso Curso de Operações na Selva (COS), conduzido pelo Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS), em Manaus (AM). Nessa etapa inicial, os militares aprendem a sobreviver com autonomia total no ambiente amazônico — um dos mais complexos e hostis do planeta.

Durante essa fase, são abordadas técnicas como obtenção de alimentos e água da floresta, construção de abrigos, primeiros socorros, orientação terrestre, combate à exaustão e domínio do próprio medo. O desgaste físico e psicológico é constante, e a superação das adversidades naturais exige resiliência, disciplina e instinto de sobrevivência.

A fase é um divisor de águas: muitos desistem, poucos avançam. Os que seguem em frente saem transformados, mais preparados e conscientes da responsabilidade de operar em um ambiente que exige decisões rápidas e precisas sob pressão extrema.

A simbologia das onças nas flâmulas do COS

Soldados do exército brasileiro em patrulha

Conquistar uma onça na flâmula é mais do que uma marca no uniforme — é um símbolo de vitória pessoal e integração ao espírito da selva. No total, os alunos podem conquistar até três onças, cada uma representando uma etapa superada do curso. A primeira, agora conquistada pelo COS 25/1 e 25/2, refere-se à Fase de Vida na Selva. As demais são atribuídas ao longo das fases de Operações na Selva e Operações Especiais.

A onça-pintada, além de símbolo de força e adaptação na fauna amazônica, representa no CIGS o nível de excelência e resistência que o guerreiro de selva deve atingir. Sua presença nas flâmulas carrega o peso da tradição e da honra militar, sendo motivo de respeito entre todos os combatentes da Amazônia.

O papel estratégico do CIGS na doutrina da guerra na selva

Reconhecido mundialmente, o Centro de Instrução de Guerra na Selva é referência na formação de tropas especializadas para operar na Amazônia Legal, região de importância geopolítica estratégica para o Brasil. Desde sua criação, o CIGS prepara militares brasileiros e estrangeiros com foco em doutrina, resistência e consciência ambiental.

O curso é considerado um dos mais difíceis do Exército Brasileiro, e os guerreiros formados ali são capacitados não apenas para o combate, mas também para liderar, resistir, adaptar-se e proteger a floresta e seus habitantes. A formação recebida no CIGS contribui diretamente para a preservação da soberania nacional na Amazônia, um território que desperta interesse global e impõe desafios únicos ao poder terrestre.

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Marcelo Barros, com informações e imagens do Exército Brasileiro
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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