Guilherme Salles, atual administrador do estabelecimento

A pioneira e tradicional loja de armas e munições Casa Salles comemorou 140 anos de atividade nesta quinta-feira (24). O estabelecimento, fundado em Ouro Preto (MG) em junho de 1881 por João de Salles, se mudou em 1904 para Belo Horizonte (MG) e permanece na capital mineira até hoje, preservando sua história e sendo referência no setor.

Devido a pandemia de Covid-19 no Brasil e no mundo, a confraternização de aniversário da loja precisou ser adiada, mas em um futuro breve os administradores pretendem implantar um projeto de transformação do espaço em um centro cultural, promovido com festas apoiadas por entidades ligadas ao comércio junto com a Prefeitura de Belo Horizonte.

Ainda hoje, fiel às tradições, a Casa Salles mantém todas as instalações originais desde sua fundação (balcões, vitrines, caixa registradora e outros objetos). “A Casa Salles é uma loja histórica, quase um ponto turístico de Belo Horizonte. Por isso, podemos dizer que esse é um aniversário histórico. No futuro, queremos abrir uma loja nova especializada em armas de fogo e munições e da loja tradicional fazer um ponto turístico, contando a história do comércio de Belo Horizonte e da venda de armas e munições no Brasil”, afirma Guilherme Salles, atual administrador do estabelecimento.

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Com Edmar Salles e sua filha Consuelo Salles no Conselho Ético e Fiscal da empresa, hoje Guilherme Salles, filho de Consuelo, é a 5ª geração de comerciante na mesma família no comando da Casa Salles. Guilherme começou sua trajetória na empresa trabalhando como vendedor em 1996 e há três anos assumiu a função de administrador.

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Sr. Edmar Salles e Guilherme Salles

A loja era do tipo “secos e molhados”, típicos comércios do século XIX que vendiam produtos variados, incluindo alimentos, armamentos, munições, pólvora, chumbo e negociava mulas para transporte de tropeiros. O estabelecimento tinha até um curral. Ao longo dos anos, os produtos evoluíram e os itens oferecidos foram mudando, como por exemplo as lamparinas foram substituídas por lanternas modernas, assim como novos tipos de armas e munições, e a loja abandonou a venda de alimentos (considerados como “molhados”), mantendo viva as características tradicionais, mas adaptando-se à modernidade dos tempos atuais.

Hoje, com a alta demanda por armas de fogo e munições no país, a loja tem ampliado cada vez mais sua clientela, entre eles caçadores, atiradores e colecionadores (CACs), membros das forças de segurança e civis, comercializando principalmente produtos da Taurus e da Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC). Segundo a atual administração, a venda melhorou muito e as armas e munições voltaram a serem as principais atividades econômicas da empresa, representando mais de 80% das vendas. “Hoje podemos afirmar que, com o fechamento dos comércios por alguns períodos por conta da pandemia de Covid-19, as armas de fogo que sustentaram as vendas da Casa Salles nesse último ano”, explica.

“Presenciamos muitos momentos econômicos e políticos, antes e depois de regras mais restritivas ao comércio de armas e munições no país, e enfrentamos diversos desafios. Esse mês a Casa Salles completa 140 anos de muita resistência, trabalho e parceria com nossos clientes”, contou Guilherme Salles.