Contra as percepções do mercado financeiro, o presidente da Embraer Defesa & Segurança, João Bosco Costa Jr., esclarece que as vendas do avião militar de carga C-390 não têm sido frustrantes. Ele destaca a natureza diferenciada das compras de defesa, salientando que o tempo de maturação desses contratos pode levar até cinco anos. A visão da empresa é de que não há estagnação, mas uma evolução natural para o momento certo de cada negociação.

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Sucesso nas Vendas e Futuro Promissor

O C-390, desenvolvido em parceria com a Força Aérea Brasileira (FAB), já tem vendas confirmadas para países como Brasil, Portugal, Hungria, Holanda, Áustria, República Tcheca e Coreia do Sul. A Embraer vê o governo brasileiro como um aliado crucial na facilitação dessas vendas, com expectativas particularmente altas para negociações em andamento com a Arábia Saudita e a Índia.

A Evolução do C-390

Costa Jr. ressalta que o sucesso recente nas vendas do C-390 é resultado de esforços contínuos e do desenvolvimento de um produto sem paralelo na categoria. Desde a entrada em operação na FAB em 2019, o avião tem demonstrado desempenho excepcional, o que contribuiu significativamente para o sucesso das vendas em 2023.

Desafios e Estratégias para Vendas Futuras

Em relação às negociações com a Arábia Saudita e a Índia, a Embraer está explorando várias possibilidades, incluindo a transferência de algumas atividades do C-390 para esses países. Essas estratégias abrangem desde a montagem final da aeronave até a fabricação de peças e treinamento.

Redução na Encomenda da FAB

A encomenda original de 28 aviões C-390 pela FAB foi reduzida para 19, uma decisão técnica baseada na alta performance do avião. Segundo Costa Jr., esse ajuste já foi absorvido e faz parte do passado da empresa.

Expectativas para 2024

A Embraer Defesa & Segurança tem expectativas altas para 2024 e 2025, prevendo a expansão do C-390 no mercado global. O presidente da empresa expressa confiança em repetir ou até superar os resultados obtidos em 2023.

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).