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Ao som da Canção do Expedicionário, Barbacena celebrou a vitória da liberdade. Reunindo militares, civis e estudantes, a solenidade do Dia da Vitória emocionou o público com o tributo ao pracinha João Rodrigues da Costa e o vibrante discurso do orador oficial, que convocou a juventude a conhecer e preservar a história da FEB.
A cerimônia da EPCAR e os símbolos da memória nacional em Barbacena
A cidade mineira de Barbacena promoveu, na manhã de 8 de maio, uma marcante cerimônia cívico-militar pelos 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial, realizada na histórica Praça Dom Silvério. O evento foi presidido pelo Brigadeiro do Ar André Luiz Alves Ferreira, comandante da EPCAR, e pelo prefeito Carlos Augusto Soares do Nascimento (Carlos Du), reunindo autoridades civis, militares e religiosas.
A programação incluiu missa em ação de graças, o desfile da tropa da EPCAR, o hasteamento das bandeiras e a execução da Canção do Expedicionário, além da entrega da Medalha do Dia da Vitória Expedicionário Álvaro Jabur a 22 personalidades que contribuíram para o fortalecimento da memória histórica e do civismo em Minas Gerais e no Brasil.
A solenidade reafirmou Barbacena como um núcleo preservador da história da FEB, sendo um dos poucos municípios do país a manter um monumento dedicado aos ex-combatentes, com nomes esculpidos dos 115 barbacenenses que combateram na Europa.
João Rodrigues da Costa: o herói vivo da região e a força da história local
O momento mais tocante da cerimônia foi a homenagem ao pracinha João Rodrigues da Costa, de 102 anos, representado por familiares. Veterano do 11º Regimento de Infantaria, João atuou diretamente na linha de frente da Campanha da Itália. Hoje, é o último combatente vivo da região, e sua trajetória personifica o legado de coragem da geração que enfrentou o nazifascismo.
Seu nome foi reverenciado com deferência pelo orador oficial e pelas autoridades presentes, que o celebraram como testemunha viva da história e símbolo do patriotismo mineiro. Para a comunidade de Barbacena, João representa a ponte entre o passado heroico e a missão contemporânea de manter viva a chama da liberdade e da memória.
A presença simbólica do pracinha foi ainda mais impactante em um município marcado pelo episódio histórico do torpedeamento do navio mercante SS Barbacena, em 1942 — uma tragédia que uniu o nome da cidade ao esforço de guerra antes mesmo do envio das tropas da FEB.
Oratória, civismo e legado: o chamado à juventude e à cidadania
Coube a Fabrício Robson de Oliveira, orador oficial da solenidade, dar voz aos sentimentos de gratidão e compromisso com o legado da FEB. Em um discurso elogiado por seu conteúdo histórico e vigor cívico, Fabrício destacou o papel dos pracinhas, das enfermeiras da FAB, dos barbacenenses que tombaram em combate e da cidade como guardiã da memória nacional.
“Ao celebrarmos a vitória, reverenciamos também o sacrifício”, afirmou. Ele evocou a bravura dos soldados, o grito “Senta a Púa!” do 1º Grupo de Aviação de Caça e a necessidade de que os jovens conheçam e valorizem essa história, propondo que a memória da FEB seja transformada em lição de cidadania permanente.
O orador destacou ainda o monumento aos pracinhas como um altar da dignidade nacional, lembrando que “cada linha, cada forma, cada peça de bronze compõe uma narrativa em estado sólido”. A cerimônia concluiu com um apelo emocionado à união dos brasileiros em torno dos valores da liberdade, civismo e paz, selando Barbacena como referência no culto à memória dos heróis nacionais.
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