Com design inovador, o Raging Hunter 460 possui cano produzido em aço e inserido em uma capa de alumínio reduzindo o peso total (Imagem: Divulgação/Taurus Armas)

Os americanos e as lojas de armas estão ansiosos por outra rodada de cheques de estímulo (equivalente ao auxílio emergencial no Brasil), segundo notícia publicada pela Forbes.

O presidente americano Joe Biden sancionou no dia 11 de março o pacote de US$ 1,9 trilhão para estimular a economia e aliviar os impactos da crise provocada pela pandemia de Covid-19. A medida já havia sido aprovada pelo Senado dos Estados Unidos no dia 6 e, posteriormente, pela Câmara de Representantes no dia 10. Enquanto isso, muitos americanos aguardam e devem gastar seus cheques de US$ 1.400 em uma loja de armas.

Segundo consta na matéria da Forbes, Al Tawil, proprietário da Towers Armory, uma loja de armas em Oregon, Ohio, disse que suas vendas semanais aumentaram cerca de 20% em meados de abril de 2020, quando muitos americanos receberam os primeiros pagamentos de auxílio de US$ 1.200. Os comerciantes de armas têm todos os motivos para acreditar que isso acontecerá novamente e que ocorra outra grande procura quando o novo auxílio sair.

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Os consumidores geralmente buscam por pistolas semiautomáticas para autoproteção, que são vendidas rapidamente, e marcas populares como a Taurus – quarta mais vendida e a mais importada no exigente mercado dos EUA – são difíceis dos lojistas manterem em estoque. Outro produto também com grande procura é o AR-15, isso porque é alvo do plano de controle de armas do presidente norte-americano Joe Biden. As munições também estão difíceis de serem encontradas nas lojas, devido à alta demanda que superou a oferta.

O boom de vendas no mercado de armas vem desde o ano passado, por causa principalmente da preocupação com o aumento de crimes violentos, manifestações/protestos no país e as eleições. O medo de um controle de armas mais restritivo, com um governo Democrata, também impulsionou as vendas.

Em abril de 2020, quando muitos americanos estavam recebendo pagamentos de auxílio emergencial, as verificações de antecedentes totalizaram 2,91 milhões, alta de 25% em relação ao ano anterior, de acordo com o Federal Bureau of Investigation (FBI). Em dezembro de 2020, quando os americanos começaram a receber outra rodada de pagamentos de auxílio emergencial, as verificações de antecedentes cresceram 34% em comparação com o ano anterior, de acordo com o FBI.

Não é possível dizer ao certo quanto desses pagamentos foram utilizados para a compra de armas, que atingiu o seu ápice neste período de pandemia, há cerca de um ano. Mas fato é que ano passado foi um recorde no setor, conforme medido pelas estatísticas do FBI, que conduziu 39,69 milhões de verificações de antecedentes em 2020. Embora as verificações de antecedentes não signifiquem necessariamente a compra de arma, os dados federais são considerados referência para as vendas do setor.

Desde o início da pandemia Covid-19 no ano passado, houve um grande aumento de novos compradores. Mais de oito milhões de americanos compraram uma arma pela primeira vez, de acordo com uma estimativa da National Shooting Sports Foundation.

Não é possível identificar qual será o impacto exato dos pagamentos de auxílio emergencial sobre as vendas de armas, mas pelo histórico e pela constante alta demanda nos EUA é possível que esses pagamentos possam afetar positivamente o mercado e que poderá haver um pico, ainda mais se houver o temor por uma legislação sobre armas mais restritiva ao mesmo tempo.

Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).