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Ação conjunta de Marinha e PF apreende 100 kg de cocaína em Santos

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Sob o olhar atento das forças de segurança, o Porto de Santos testemunhou mais uma ação crucial no combate ao narcotráfico. Nesta quinta-feira (3/10), uma operação conjunta entre a Marinha do Brasil e a Polícia Federal resultou na apreensão de aproximadamente 100 kg de drogas, supostamente cocaína, escondidas no casco de um navio mercante.

A operação conjunta e o papel da inteligência policial

Foto: Marinha do Brasil

A operação foi desencadeada com base em informações fornecidas pela inteligência policial, que apontavam a possível “contaminação” de uma embarcação ancorada no Porto de Santos. Este termo é utilizado no contexto do narcotráfico para se referir a navios que tiveram drogas fixadas em seu casco, muitas vezes sem o conhecimento da tripulação. No caso, a ação coordenada entre a Marinha e a Polícia Federal foi decisiva. A combinação de monitoramento de rotas suspeitas, análise de padrões de tráfego e troca de informações entre diversas agências resultou na identificação da embarcação-alvo.

Com a suspeita levantada, foi determinado o acionamento de uma equipe de mergulhadores especializados, que investigaram a área submersa do navio. Lá, localizaram quatro pacotes de drogas, totalizando cerca de 100 kg, escondidos em uma área de difícil acesso abaixo da linha d’água. O sucesso da operação evidencia a importância da inteligência na prevenção de crimes transnacionais e na proteção das fronteiras marítimas do Brasil.

A crescente importância do Porto de Santos no tráfico internacional de drogas

O Porto de Santos, maior complexo portuário da América Latina, não é apenas um centro vital para o comércio legal, mas também um alvo frequente de organizações criminosas. Com o aumento da fiscalização em outras rotas tradicionais de tráfico, como a fronteira terrestre com países produtores de drogas na América do Sul, o porto se tornou uma alternativa estratégica para o envio de grandes quantidades de entorpecentes para a Europa, África e América do Norte.

Nos últimos anos, diversas operações demonstraram que os narcotraficantes passaram a utilizar métodos cada vez mais sofisticados para inserir drogas em contêineres ou, como no caso desta apreensão, no casco de navios. Esses entorpecentes são muitas vezes despachados para o exterior sem o conhecimento dos próprios operadores do navio, revelando a complexidade desse esquema criminoso. A apreensão desta semana reforça o compromisso das autoridades brasileiras em impedir que o Porto de Santos se consolide como uma rota estável para o tráfico internacional.

A tecnologia e as técnicas utilizadas na detecção de drogas em embarcações

A apreensão de drogas em navios, especialmente em áreas de difícil acesso como o casco, requer o uso de tecnologia de ponta e técnicas avançadas de inspeção. A Marinha do Brasil e a Polícia Federal contam com equipes treinadas para atuar nessas situações, utilizando desde robôs subaquáticos até mergulhadores especializados. O caso desta semana envolveu a inspeção submersa do casco de um navio mercante, e a expertise desses profissionais foi fundamental para o sucesso da operação.

Além das habilidades manuais, como a localização e remoção dos pacotes de drogas, as equipes também contam com sistemas de vigilância e monitoramento para acompanhar a movimentação de embarcações suspeitas. A análise das rotas realizadas por navios, combinada com o histórico de atividades suspeitas em determinados trajetos, contribui significativamente para a prevenção de crimes. O uso de sistemas de inteligência artificial, sensores e radares também se torna cada vez mais frequente, permitindo identificar mudanças sutis que podem indicar a presença de materiais ilícitos.

O avanço tecnológico no combate ao narcotráfico não só aumenta a eficácia das operações, mas também diminui os riscos aos agentes envolvidos, garantindo uma fiscalização mais segura e precisa.

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