A Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) realizou a edição anual da tradicional Manobra Escolar, de 4 a 12 de novembro. O chamado Manobrão é constituído de um grande exercício do Exército Brasileiro, em que são simuladas situações-problema de natureza militar.
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Tamanha magnitude também se expressa em números. A operação envolve 2.201 militares, oriundos de diversos setores da Academia e de 26 organizações militares. Nesse universo, cadetes de todos os cursos da AMAN são empregados, muitos deles em função de comando. A Manobra Escolar 2021 envolve, ainda, cinco helicópteros e 307 viaturas operacionais, das quais 39 são blindadas.
O Comandante da AMAN, General de Brigada Paulo Roberto Rodrigues Pimentel, destacou a importância da manobra para a formação dos cadetes. “Há uma integração das Armas e dos diversos setores da Academia. Trata-se do coroamento do ano de instrução. Nessa oportunidade, o cadete planeja e executa uma série de ações, como marcha para o combate, ataque coordenado, transposição de curso d’água, operações aeromóveis e contra forças irregulares, entre outras. É um exercício bastante completo, que representa a concretização dos ensinamentos aprendidos ao longo do ano”, avalia o General Pimentel.
O Manobrão teve início com a verificação do apronto operacional, que é a condição de preparo de uma organização militar terrestre para ser empregada em missão de combate. Na oportunidade, foram inspecionados o equipamento, o armamento, as viaturas, a munição, o suprimento e os demais fardos logísticos.
Inserida em um contexto de combate regular, a tecnologia está presente e revela que a AMAN, ano após ano, acompanha as evoluções do conflito moderno. Durante a ação, a direção do exercício acompanha em tempo real todas as atividades exercidas durante a manobra, dentro e fora do campo de instrução da Academia.
A AMAN possui localização geográfica privilegiada. Dessa forma, diversos municípios da região são utilizados no contexto da manobra. Quatis, Bocaina de Minas e Porto Real são alguns deles, além de Resende, palco da Academia.
O deslocamento das viaturas e as atividades noturnas de tiro, por exemplo, chamam a atenção de moradores de toda a região. O adestramento militar é uma das principais ferramentas de desenvolvimento e manutenção do poder de combate de uma tropa. Neste contexto, as parcerias com as prefeituras e com demais instituições da região são fundamentais para oferecer um cenário ainda mais real do combate travado.
Durante a cobertura do evento, além da Comunicação Social da AMAN, houve também o apoio da Agência Verde-Oliva do Centro de Comunicação Social do Exército, de Brasília (DF). Em relação à imprensa, a TV Rio Sul, afiliada da TV Globo, entrevistou as primeiras cadetes que deverão se formar na Academia Militar, desde o seu início, em 1811.
A Cadete Fabiana, do curso de Material Bélico (Mat Bel), foi uma delas. “Bate uma certa nostalgia, pois esta é a nossa última Manobra. Sinto-me preparada e também lisonjeada pela oportunidade de comandar que estou tendo no Manobrão”, analisa a futura Aspirante a Oficial.
A primeira Manobra com participação de cadetes do segmento feminino ocorreu em 2018, quando elas estavam no primeiro ano. Chega agora, em 2021, o final do ciclo de cinco anos de formação.
Participaram da atividade cadetes de todos os cursos: Infantaria, Cavalaria, Artilharia, Engenharia, Intendência, Comunicações, Material Bélico e Básico, além de militares de todos os setores da AMAN. O apoio de diversas organizações militares e outros parceiros foi essencial para viabilizar a tarefa de forjar líderes para o Exército Brasileiro.