A Fusão Nuclear, discutida recentemente no 1º Seminário sobre Múltiplas Aplicações da Energia Nuclear e das Radiações no Rio de Janeiro, está se tornando uma realidade no Brasil. Impulsionado pelo Programa Nacional de Fusão Nuclear (PNFN), o país agora busca parcerias com o setor privado para desenvolver essa tecnologia promissora.
A Apresentação do Professor Gustavo Canal
O professor Gustavo Canal, do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (Ifusp) e coordenador do projeto de modernização do reator tokamak TCABR, apresentou as ações fundamentais para a implementação do PNFN. Isso inclui a implantação de um laboratório de porte nacional, a formação de recursos humanos, e o envolvimento progressivo do setor privado nacional.
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O objetivo do PNFN é definir diretrizes e ações que permitam a inclusão da fusão nuclear na matriz energética do Brasil, caso essa fonte se mostre atrativa no futuro.
Os Avanços do Reator TCABR
O reator brasileiro TCABR, que está sendo modernizado com um sistema inovador de bobinas magnéticas, deve se tornar a primeira máquina do Laboratório de Fusão Nuclear (LFN). Este reator irá realizar todas as provas de conceito necessárias para projetar o primeiro reator de fusão nuclear do país. Além disso, o reator TCABR pode ser a segunda máquina no mundo a produzir plasma em qualquer forma.
Os Benefícios da Pesquisa em Fusão Nuclear
Segundo o professor Canal, a pesquisa em fusão nuclear irá permitir o desenvolvimento de bobinas supercondutoras no Brasil, beneficiando vários setores, incluindo a indústria e o comércio, usinas eólicas, e a indústria naval e de defesa. Além disso, o desenvolvimento de fontes de alta potência e de alto desempenho tem grande interesse nos setores de transporte, geração de energia, e comércio.
Os Tokamaks no Brasil
Além do TCABR, existem outros dois tokamaks em operação no Brasil: o Experimento Tokamak Esférico (ETE), operado pelo antigo Laboratório Associado de Plasma (LAP) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e o NOVA-Ufes, operado pelo Laboratório de Plasma Térmico (LPT) da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).
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