Marinha do Brasil ativa força naval para garantir segurança na Cúpula dos BRICS

Navio militar P121 em frente ao Pão de Açúcar.
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A movimentação intensa de navios, helicópteros e tropas dos Fuzileiros Navais pela costa carioca não é à toa. A Marinha do Brasil montou uma gigantesca operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) para proteger a Cúpula dos BRICS. A missão envolve desde patrulhamento no mar até resposta rápida a ataques químicos ou biológicos em terra — uma demonstração clara da capacidade da força naval brasileira.

Estrutura operacional e tática da Marinha na GLO dos BRICS

Para a operação de segurança da Cúpula dos BRICS, a Marinha do Brasil ativou a Força Naval Componente (FNC), responsável por cobrir 270,68 km² da área marítima do Rio de Janeiro. Entre os dias 2 e 9 de julho, mais de 2 mil militares, fragatas, navios-patrulha, helicópteros táticos e blindados anfíbios estão posicionados estrategicamente em áreas de alto valor político e simbólico, como a Marina da Glória e a Baía de Guanabara.

Veículo militar anfíbio em praia, Marinha do Brasil.

A FNC conta com recursos de interdição marítima, mergulho tático, proteção de infraestruturas críticas, como cabos submarinos e oleodutos, além da capacidade de evacuação aeromédica e transporte de tropas. Em terra, o Corpo de Fuzileiros Navais atua com viaturas como o Piranha III-C e o JLTV, executando vigilância perimetral, patrulhamento urbano e ações contra ameaças nucleares, biológicas, químicas e radiológicas (NBQR). A presença da Marinha representa o braço armado do Estado em prontidão máxima.

Impacto social e simbólico da presença militar na cidade

Para a população do Rio de Janeiro, a presença dos meios navais na orla e dos fuzileiros nas ruas funciona como um sinal visível de que a segurança está sendo tratada com seriedade. A atuação integrada da Marinha com outras forças reforça a sensação de ordem e confiança. Turistas e moradores observam, muitas vezes com admiração, a movimentação dos militares, o que também contribui para a imagem pública das Forças Armadas como defensoras da paz e da estabilidade.

Além disso, o impacto simbólico de ver navios de guerra patrulhando as águas de Copacabana ou helicópteros sobrevoando pontos estratégicos é poderoso. Mostra que o Brasil está preparado para proteger eventos de alto escalão e oferece um ambiente seguro para receber lideranças internacionais. A operação, além de garantir a segurança imediata, atua como peça de diplomacia militar, projetando capacidade e compromisso com a estabilidade regional.

Histórico e evolução da atuação da Marinha em grandes eventos no Brasil

A atuação da Marinha do Brasil em eventos internacionais não é novidade. Desde a ECO-92, a Força já participou de operações semelhantes durante a Rio+20, Jogos Mundiais Militares, Copa do Mundo, visitas papais, Jogos Olímpicos e, mais recentemente, nas GLOs do G20. Em todas essas ocasiões, a doutrina de atuação foi sendo aprimorada com base na experiência, uso de novas tecnologias e capacitação permanente dos efetivos.

Esse histórico comprova que a Marinha não apenas protege os mares, mas também exerce um papel fundamental na proteção do território nacional em momentos críticos. A cada missão, amplia sua capacidade de resposta, consolida parcerias com outras forças e reafirma seu compromisso com a soberania nacional. Na Cúpula dos BRICS, essa experiência se traduz em uma operação robusta, coordenada e altamente profissional.

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