Visita à TideWise destaca futuro das operações navais autônomas

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A visita da EMGEPRON e da Marinha do Brasil à TideWise não foi apenas institucional — foi uma demonstração clara do compromisso com a autonomia tecnológica nacional. Ao conhecerem os sistemas SUPRESSOR e suas aplicações práticas, os representantes vislumbraram um futuro no qual embarcações não tripuladas reforçarão a soberania marítima e a segurança das operações navais brasileiras.
Os sistemas SUPRESSOR: desempenho, autonomia e aplicações
Durante a apresentação técnica, a TideWise detalhou os avanços do Programa SUPRESSOR, com destaque para os veículos autônomos SUPRESSOR 7 e SUPRESSOR 11. Com estruturas robustas e tecnologia de ponta, essas plataformas são equipadas com sensores de alta precisão, sistemas de navegação autônoma, propulsão híbrida e capacidade de operação em missões de longa duração. Os veículos foram concebidos para cumprir uma variedade de funções, como patrulha costeira, monitoramento ambiental, varredura de minas, apoio logístico leve e até ações de busca e salvamento.
Um dos destaques da visita foi a Base Operacional Móvel (MOB), uma solução inovadora que permite o deslocamento e operação autônoma dos sistemas SUPRESSOR em áreas remotas. A MOB proporciona flexibilidade estratégica para a Marinha, especialmente em cenários que demandam rápida mobilização e resposta tática eficaz com recursos reduzidos.
A importância da inovação nacional na indústria de defesa
A presença conjunta de EMGEPRON e Marinha do Brasil sinaliza mais do que interesse tecnológico — evidencia uma estratégia nacional para a autonomia na área de Defesa. A colaboração com empresas como a TideWise não apenas gera produtos de alta tecnologia, como também fortalece a base industrial de defesa brasileira, com foco na geração de empregos qualificados, retenção de conhecimento e formação de parcerias duradouras entre instituições públicas e privadas.
Esse tipo de cooperação é essencial para o fortalecimento da indústria naval nacional, ampliando a capacidade do Brasil de desenvolver sistemas de defesa que não dependam exclusivamente de fornecedores estrangeiros. Além disso, impulsiona a inserção do país como protagonista na produção de soluções inovadoras em defesa marítima, com capacidade exportadora no médio e longo prazo.
O papel estratégico dos sistemas não tripulados nas Marinhas do século XXI
A adoção de embarcações não tripuladas é uma tendência mundial, com países como Estados Unidos, Reino Unido, China e Turquia investindo fortemente em veículos navais autônomos. Essas plataformas oferecem redução de custos operacionais, menor exposição de tripulações a riscos e maior eficiência em tarefas repetitivas ou de longa duração.
Com o desenvolvimento do Programa SUPRESSOR, o Brasil se alinha a esse movimento internacional, consolidando sua estratégia de modernização naval. O uso de sistemas não tripulados pode transformar profundamente a doutrina operacional da Marinha, viabilizando ações mais ágeis, discretas e tecnologicamente avançadas. A visita à TideWise representa, portanto, um passo firme rumo a essa nova era, na qual a tecnologia nacional é a base para a defesa da soberania marítima.
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