Suboficial Bruno Viana dos Santos atinge marco histórico de 3 mil dias no mar

Navio vermelho H41 no mar, céu ensolarado.
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O que começou como um sonho de menino em Arraial do Cabo transformou-se em um feito inédito na Marinha do Brasil. O Suboficial Bruno Viana dos Santos, especialista em mergulho, atingiu a impressionante marca de 3 mil dias de mar — o equivalente a mais de 8 anos embarcado em missões que cruzaram o litoral brasileiro, as águas interiores e até o gelo da Antártica. Aos 28 anos de carreira, ele continua motivado pelo mesmo sentimento de quando observava, da praia, os navios da Marinha.

A rotina de quem vive a bordo: desafios e superações

Homem em barco próximo a porta-aviões, mar e montanhas.

A vida a bordo de um navio da Marinha exige disciplina, resistência física e mental, e um profundo senso de missão. Para o Suboficial Bruno Viana, que passou mais de 8 anos embarcado, essa rotina se tornou parte do seu modo de viver. A especialidade em mergulho militar demanda constante preparo técnico e psicológico, com treinamentos que vão desde operações subaquáticas em ambientes hostis até a manutenção e operação de equipamentos de salvamento.

A bordo, os espaços são limitados, a comunicação com o continente é restrita e os dias seguem uma cadência rígida de exercícios, adestramentos e prontidão operacional. Ainda assim, Bruno relata que o propósito da missão supera qualquer dificuldade: “A satisfação de cumprir nosso dever nos faz superar cada limitação”, afirma.

Esse espírito de superação o levou a atuar em missões diversas, desde patrulhas costeiras até missões de apoio logístico e científico em regiões remotas.

Missões humanitárias e ambientais: o mar como caminho

Homem sorrindo em frente a embarcação militar U16.

Ao longo de sua carreira, o Suboficial Bruno participou de missões que levaram saúde, apoio e cidadania a populações isoladas. As comissões nos Navios de Assistência Hospitalar (NAsH), na Amazônia, foram algumas das experiências mais marcantes: navegar por rios estreitos, enfrentar riscos de encalhe e colisões, tudo para garantir atendimento médico a comunidades ribeirinhas esquecidas pelo Estado.

Outro capítulo inesquecível de sua trajetória foi a participação nas missões à Antártica, onde não apenas pisou e navegou, mas também mergulhou em águas geladas, realizando coletas científicas e apoiando o abastecimento da base brasileira. “Além dos mergulhos, somos responsáveis pelas embarcações que salvaguardam os militares e pesquisadores”, explicou.

Essas experiências reafirmam o papel da Marinha do Brasil como uma força de presença e solidariedade, que atua não só na defesa, mas também na promoção da dignidade humana e do conhecimento científico.

Família, vocação e legado: o valor da carreira naval

Por trás dos 3 mil dias de mar, existe uma história de dedicação familiar e amor pela farda. Bruno Viana destaca o apoio da esposa e dos filhos como peça-chave em sua jornada: “Minha esposa sempre foi meu alicerce. Ela assumiu o papel de mãe e pai nas minhas ausências. E, quando estou em casa, faço de tudo para que cada momento seja especial.”

Esse senso de missão cumprida e o orgulho de representar a Marinha transformaram o menino de Arraial do Cabo no exemplo de um militar vocacionado, que hoje inspira novas gerações. “Se hoje fosse meu primeiro dia no mar, eu faria tudo de novo”, garante.

O marco de 3 mil dias embarcado é mais do que uma estatística — é o reflexo de uma vida dedicada ao mar, à Pátria e ao espírito de servir. Um legado que ecoa da superfície às profundezas.

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Marcelo Barros, com informações e imagens da Agência Marinha
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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