A Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) é conhecida mundialmente por ser referência na formação de oficiais combatentes de carreira. Tida como um cartão postal para muitos que a visitam, é também histórica em tradição e comprometimento com a excelência no ensino oferecido aos seus cadetes.

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Por isso, desde o dia 4 de janeiro de 2020, uma comitiva composta por oito equipes do Sistema de Engenharia do Exército (SEEx) está na AMAN. Com um efetivo variável de 65 militares da Diretoria de Obras Militares (DOM), Diretoria de Projetos de Engenharia (DPE), Prefeitura Militar Acadêmica, 1º, 2º, 3º, 4º e 5º Grupamentos de Engenharia, o objetivo do grupo é fazer um levantamento e a vistoria técnica in loco, atividade que compõe o Projeto de Revitalização da Infraestrutura do Conjunto Principal I (CP I) e do Conjunto Principal II (CP II) e suas áreas contíguas, além da análise de demandas das necessidades de obras nas Seções de Educação Física e na Seção de Equitação.

As ações foram autorizadas pelo Departamento de Educação e Cultura do Exército (DECEx) e contam com o gerenciamento do Departamento de Engenharia e Construção (DEC).

Segundo o Coordenador Executivo das Equipes do SEEx, Major do Quadro de Engenheiros Militares Marcus Vinicius de Paiva Rodrigues, cada equipe conta com engenheiros, arquitetos e técnicos de diversas especialidades, além de um chefe, que o apoia na coordenação dos trabalhos.

Major Paiva Rodrigues destaca que a iniciativa visa levantar as diversas demandas estruturais dos setores nas instalações.

O CP I data de 1944, época da instalação da Academia, em Resende. O CP II foi construído mais tarde e inaugurado em 1988.

Ao longo de décadas, uma cidade se formou em torno da Academia. E tendo proporções de um  município, há um dinamismo diário de demandas. A AMAN nunca pára e por isso um projeto de revitalização torna-se atividade prioritária, que demanda esforços em prol da conservação de um espaço de tamanha relevância.

Após o término da estadia da comitiva na AMAN, em 12 de fevereiro, haverá um prazo de trabalho de elaboração e aprovação do relatório final desta 1ª fase, previsto para conclusão no início de abril deste ano. A fase de elaboração dos projetos virá na sequência.  Caberá ao Estado-Maior do Exército e ao Alto Comando definir as prioridades e a alocação de recursos. Nesse sentido, a Prefeitura Militar Acadêmica terá um papel fundamental no apoio à elaboração desses projetos e à contratação de suas obras.

Planos assim evidenciam o cuidado com o patrimônio público, além de demonstrarem valores importantes fundamentados na formação do cadete, tais como a sustentabilidade econômica, a conscientização ambiental entre outros.

“Não é de hoje que o Exército se ocupa deste assunto. Como costuma falar o Chefe do DEC, General de Exército Júlio César de Arruda, quando trata do tema, nós sempre pensamos em sustentabilidade, quando, por exemplo, desocupamos uma base de patrulha e a deixamos em melhores condições do que encontramos. Especificamente na Engenharia e nas obras militares, nossos projetos e obras atualmente passam, todos, por uma análise de viabilidade técnica, econômica e ambiental que se alinha perfeitamente com os pilares da sustentabilidade”, alegou o Major Paiva Rodrigues.

Segundo o Comandante da AMAN, General de Brigada Paulo Roberto Rodrigues Pimentel, trata-se de uma obsessão em prol da preservação do patrimônio público e do cuidado com o ensino do cadete.

As melhorias não estão acontecendo somente nas instalações internas da AMAN. Estão também nas casas da Vila Militar. Por isso, o General Pimentel avalia que a manutenção torna-se fundamental para a preservação efetiva de todos esses espaços. “A Academia é muito mais que uma obra arquitetônica,  é ela que faz nosso Exército Brasileiro ter uma espinha dorsal bem definida.  Toda nossa energia tem de estar voltada para a formação de nosso cadete”, finalizou.

Fonte: AMAN
Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).