Dr. Ronaldo no evento “Diálogos da Cultura Oceânica” ocorrido em Santos, em outubro de 2022. Imagem: Arquivo pessoal

Santos (SP), um dos principais portos do Brasil, ganhou destaque em novembro de 2021 por ser pioneira na disseminação da Cultura Oceânica para crianças e adolescentes em idade escolar. Por meio de uma legislação inédita no mundo, a cidade propõe que a Cultura Oceânica seja definida “como o conjunto de processos que promove o letramento oceânico, ou seja, a compreensão dos princípios essenciais e conceitos fundamentais, que permitem conhecer a influência do oceano sobre nós e nossa influência no oceano”.

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Esta lei não se limita à educação infantil, mas abrange também a educação de jovens e adultos, integrando diversas áreas do conhecimento. A ideia é promover a valorização dos oceanos e fomentar práticas sustentáveis. Para tanto, prevê-se a capacitação dos professores da rede pública, a criação e divulgação de um “currículo azul”, reforçando a necessidade de comportamentos sustentáveis em relação ao oceano.

A celebração da expansão da Cultura Oceânica no Brasil

Dr. Ronaldo Christofoletti, professor da Universidade Federal de São Paulo e coordenador do Projeto Maré de Ciência, comemora o crescimento da discussão sobre a Cultura Oceânica no Brasil. Segundo ele, “É uma alegria indescritível ver o Brasil dando esse passo, que se soma a todos os movimentos já existentes de mentalidade marítima, de educação ambiental e de educomunicação”.

Essa nova abordagem não se limita ao estudo do oceano, mas também promove uma nova maneira de perceber nossa interação com ele. Para Christofoletti, essa conscientização é essencial para promover mudanças de comportamento que levem a um oceano sustentável e melhor. O professor destaca que é importante que cada região busque disseminar a Cultura Oceânica de acordo com sua própria realidade cultural.

A relevância da Cultura Oceânica nas escolas

Dr. Christofoletti realça a importância da implementação da Cultura Oceânica nas escolas para o futuro do país. De acordo com ele, os futuros líderes e profissionais que vão atuar em prol de um oceano mais sustentável estão atualmente nas escolas. Formar uma geração que reconhece sua relação com o oceano e que conhece a Cultura Oceânica é essencial para criar um grupo de profissionais preparados para atuar em favor de um oceano mais sustentável.

Projeto Maré de Ciência e a promoção da Cultura Oceânica

O Projeto Maré de Ciência é uma das iniciativas que trabalham pela difusão da Cultura Oceânica. Com o objetivo de integrar diferentes setores da sociedade, o projeto desenvolve ações como a Olimpíada Brasileira do Oceano, realizada em parceria com a Comissão Interministerial para os Recursos do Mar.

Além disso, a Marinha do Brasil, através da Secretaria da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar, coordena a ação chamada Promoção da Mentalidade Marítima. Seu objetivo é difundir a convicção individual e coletiva sobre a importância do mar para a sobrevivência e a prosperidade do país. A intenção é desenvolver a Cultura Oceânica na população brasileira, realizando exposições itinerantes, entrevistas, filmes e palestras sobre o mar, além de distribuir materiais de divulgação das atividades da Comissão e capacitar multiplicadores do tema.

Este esforço conjunto entre escolas, universidades e a Marinha do Brasil na promoção da Cultura Oceânica reflete o reconhecimento da importância dos oceanos para a vida na Terra e a necessidade urgente de sua proteção. À medida que a onda de Cultura Oceânica cresce no Brasil, espera-se que mais pessoas compreendam essa importância e contribuam para um futuro mais sustentável para os nossos mares.

Marcelo Barros, com informações da Marinha do Brasil
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).