O Quartel-General do Exército completou 50 anos na quarta-feira, dia 31. Uma cerimônia no Teatro Pedro Calmon, presidida pelo Comandante do Exército, General de Exército Edson Leal Pujol, reuniu integrantes dos diferentes órgãos que integram o complexo para celebrar o aniversário da sede da instituição na capital federal. A cerimônia contou com público reduzido por conta dos protocolos de prevenção à covid-19.

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O Comandante do Exército ressaltou a importância do aniversário do Quartel-General. “É um fato significativo, pois faz parte da história do Exército, de Brasília e do nosso país. Celebramos esse importante episódio, que é o início dos trabalhos oficiais do Exército Brasileiro no Setor Militar Urbano”.

Na oportunidade, também foi realizada a leitura da ordem do dia referente ao movimento de 31 de março de 1964; a imposição de insígnias nos oficiais-generais e coronéis promovidos; e a assinatura do Relatório de Gestão do Comando do Exército – exercício de 2020.

Histórico do Quartel-General do Exército – Forte Caxias
Forte Caxias: essa é a denominação histórica do Quartel-General do Exército desde 31 de março de 2016. Esse complexo, que está incluído no tombamento do conjunto de obras do arquiteto Oscar Niemeyer, completa 50 anos em 2021, mais precisamente, no dia 31 de março.

Não existe coincidência nas datas: a referência é um outro 31 de março, em 1971. Foi nesse dia que o então Chefe do Estado-Maior do Exército, General de Exército Alfredo Souto Malan, assumiu formalmente suas funções nas novas instalações daquele órgão de direção geral, em cerimônia solene.

O Estado-Maior do Exército foi o primeiro órgão da alta administração do Exército a ocupar definitivamente suas instalações na nova sede do comando da Força Terrestre. Por esse motivo, a data, 31 de março de 1971, foi adotada formalmente como aniversário do Quartel-General do Exército em Brasília.

50 anos depois, o Forte Caxias é formado por edifícios que abrigam 34 órgãos da alta administração do Exército, ocupando uma área de 117.000 m2 de área construída e com sete quilômetros de corredores que interligam salas onde trabalham, diariamente, mais de 8 mil pessoas.

A construção desse complexo foi iniciada em 1969, a cargo da Comissão Especial de Obras nº 1,  e concluída em 1974. Além desses edifícios, também foram construídas outras estruturas que compõem o complexo do Quartel-General do Exército, como a Praça Cívica e o Monumento a Duque de Caxias.

A Praça Cívica tem a forma de um grande triângulo equilátero, destinada, em sua concepção, para a organização das tropas para os desfiles. Ela ocupa uma área de 102.000 m2 e foi concebida por Oscar Niemeyer e projetada por Lúcio Costa, com a contribuição do paisagista Roberto Burle Marx.

Atualmente, é um dos principais pontos turísticos da capital federal, sendo mais conhecida como “Praça dos Cristais” em alusão às estruturas em concreto armado que afloram do espelho d’água e homenageiam as riquezas minerais do cerrado brasileiro.

O Monumento a Duque de Caxias foi concebido por Oscar Niemeyer para homenagear o Patrono da Força Terrestre e também como tribuna de honra para as autoridades durante as solenidades militares. Por esse motivo, também é conhecido como “Palanque Monumental”. São 4.750 m2 de área e uma estrutura de concreto armado aparente, em formato de concha, com propriedades acústicas. Daí vem a denominação pela qual é mais conhecido: “Concha Acústica”.

Um obelisco em concreto armado, com 35 metros de altura, completa o conjunto desse monumento que representa a invicta espada do Duque de Caxias, o Pacificador, e que se converteu no símbolo do Quartel-General do Exército.

Apesar de a construção ter sido formalmente concluída em 1974, as obras nunca pararam completamente.  Em 1976, foi inaugurado o Teatro Pedro Calmon, outra obra concebida por Niemeyer e que tem o aspecto de uma barraca militar estilizada.

Confira o vídeo dos 50 anos do Forte Caxias.

Fonte: Centro de Comunicação Social do Exército
Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).