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A presença brasileira no 12º World Ocean Summit, no Japão, foi marcada por um nome da Escola de Guerra Naval. O Comandante Beirão, referência no campo dos Estudos Marítimos, palestrou sobre os avanços e desafios do Planejamento Espacial Marinho, colocando o Brasil no centro do debate internacional sobre políticas públicas voltadas para o mar.
A evolução técnica do Planejamento Espacial Marinho no Brasil
O Planejamento Espacial Marinho (PEM) é uma ferramenta estratégica voltada para o ordenamento do uso do espaço oceânico, conciliando atividades econômicas, preservação ambiental e soberania nacional. No Brasil, sua implementação tem avançado com apoio de instituições como a Marinha do Brasil, que reconhece o mar como vetor de desenvolvimento. O Comandante Beirão destacou em sua palestra como o PEM passou de um conceito abstrato para uma política pública em consolidação, alinhada à Década da Ciência Oceânica da ONU.
O Brasil iniciou seus estudos formais sobre PEM a partir de 2018, envolvendo o setor acadêmico, agências ambientais e a Marinha. Segundo o professor, o país possui uma Zona Econômica Exclusiva (ZEE) de mais de 3,5 milhões de km² — o que exige um planejamento técnico robusto e contínuo. A apresentação brasileira no Japão evidenciou que, embora ainda em desenvolvimento, o PEM nacional já é estudado internacionalmente como modelo de adaptação para países em desenvolvimento.
O impacto social da presença brasileira em fóruns internacionais
Estar presente em um evento com o peso do World Ocean Summit é mais do que um feito acadêmico — é uma conquista de visibilidade para o conhecimento científico nacional. A palestra do Comandante Beirão não apenas apresentou dados e diagnósticos, mas também foi um símbolo da capacidade brasileira de contribuir com soluções globais para o oceano. Essa visibilidade repercute no aumento da credibilidade internacional das instituições brasileiras ligadas à Defesa e aos Estudos Marítimos.
O encontro com representantes de organismos internacionais — como a ONU, a International Seabed Authority e a World Maritime University (WMU) — gerou expectativas positivas sobre possíveis parcerias de pesquisa e intercâmbio acadêmico, que poderão beneficiar diretamente estudantes e pesquisadores brasileiros. Como resultado, amplia-se o capital científico e diplomático do Brasil na arena marítima global.
A Escola de Guerra Naval como polo estratégico do sul global
A Escola de Guerra Naval (EGN), por meio do seu Programa de Pós-Graduação em Estudos Marítimos (PPGEM), consolidou-se como um dos principais centros de excelência acadêmica do hemisfério sul. A reputação da EGN foi reforçada durante o evento, quando o Diretor-Geral da WMU, Professor Ronán Long, reconheceu o PPGEM como “o melhor programa que estuda o mar em todo o sul global”. A declaração simboliza o reconhecimento internacional da qualidade da formação oferecida pela EGN.
Além disso, a reunião com o presidente da Nippon Foundation, Yohei Sasakawa, abriu novas possibilidades de cooperação. A fundação é responsável pelo programa SEABED 2030, que financia pesquisas em oceanografia e conservação marinha. Sasakawa demonstrou interesse em visitar o Brasil e conhecer de perto os projetos desenvolvidos pela EGN — sinalizando um futuro promissor para o fomento à pesquisa oceânica brasileira.
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