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Aos 24 anos, a gaúcha Emily Braz escreveu seu nome na história do Exército Brasileiro ao se tornar a primeira mulher piloto de helicópteros da Força. A oficial, formada pela Academia Militar das Agulhas Negras, concluiu o desafiador Curso de Piloto de Aeronaves no Centro de Instrução de Aviação do Exército, em Taubaté. A cerimônia, marcada por emoção e reconhecimento, celebrou um feito que representa um novo horizonte para as mulheres nas Forças Armadas.
Formação técnica de excelência
O Curso de Piloto de Aeronaves (CPA) é considerado um dos mais exigentes do Exército Brasileiro. Com duração de 63 semanas, é dividido entre fases teóricas e práticas, demandando alta performance física, psicológica e técnica dos alunos. Na parte teórica, os futuros pilotos estudam aerodinâmica, navegação, meteorologia, controle de tráfego aéreo, entre outros conteúdos fundamentais.
A parte prática é ainda mais desafiadora. Os alunos passam por 1400 horas de voo real e 426 horas em simuladores, treinando missões como Voo Tático, Voo com Óculos de Visão Noturna, Voo por Instrumentos, além do Voo Solo, que representa o ápice da formação. Tudo isso sob rigorosa supervisão do corpo de instrutores do CIAvEx, em Taubaté.
Segundo o Instrutor-Chefe do CPA, Major Cadime, a seleção para o curso é extremamente criteriosa, exigindo dos candidatos aptidão médica, mental e emocional. “Formar uma nova turma de pilotos é motivo de orgulho, pois entregamos ao Exército profissionais prontos para atuar em qualquer tipo de missão, em qualquer ambiente”, afirma.
A conquista das mulheres na Aviação Militar
A presença de Emily Braz como a primeira mulher a pilotar helicópteros na Aviação do Exército é resultado de uma transformação institucional profunda. Ela integra a primeira turma de mulheres oficiais formadas na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), em 2021 — um marco histórico por si só. Sua conquista abre portas e inspira outras militares a sonharem alto.
Durante a cerimônia de formatura, o Comandante do Exército, General Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, destacou o momento como símbolo de “integração plena das mulheres em todas as linhas do Exército”. Emily reforça esse sentimento ao dizer que deseja “representar o sonho de tantas mulheres que querem voar”.
A trajetória da tenente, iniciada em 2017 na Escola Preparatória de Cadetes do Exército, revela como o espaço da mulher nas Forças Armadas está sendo conquistado com mérito, esforço e competência, quebrando estigmas e consolidando novos paradigmas.
Um marco para o Exército Brasileiro
A formatura ocorrida no dia 11 de abril de 2025, em Taubaté (SP), foi prestigiada por altas autoridades civis e militares, incluindo representantes dos Três Poderes e das demais Forças Armadas. O evento marcou não apenas a conclusão de um curso de elite, mas também uma virada simbólica para o Exército Brasileiro.
A conquista de Emily Braz é, ao mesmo tempo, pessoal e institucional. Ela encarna o novo perfil de militar que o Exército quer formar: competente, resiliente, preparado para os desafios do presente e do futuro. E seu feito está em sintonia com uma sociedade que cada vez mais exige diversidade, inclusão e modernidade das instituições públicas.
Essa evolução mostra que o Exército não apenas acompanha, mas também contribui para transformar a sociedade brasileira, tornando-se mais representativo e eficiente. A primeira piloto mulher é, agora, um símbolo dessa nova era.
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