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A queda da ponte JK, entre Maranhão e Tocantins, deixou não apenas um rastro de perdas humanas, mas também uma séria preocupação ambiental. Equipes do Ibama, Marinha do Brasil e Agência Nacional das Águas (ANA) monitoram de perto o impacto do possível vazamento de ácido sulfúrico de caminhões submersos. Durante mergulhos de inspeção, foram identificadas fissuras em um dos tanques, aumentando a urgência das ações de contenção e mitigação dos danos.
Detalhes da inspeção subaquática e identificação dos vazamentos
As operações subaquáticas realizadas por mergulhadores especializados revelaram informações preocupantes sobre a situação dos caminhões que afundaram no rio Tocantins após o colapso da ponte Juscelino Kubitschek. O caminhão pertencente à empresa Pira-Química, carregado com 23 mil litros de ácido sulfúrico, apresentou duas fissuras no tanque, possivelmente causadas pelo impacto durante a queda.
A confirmação das fissuras veio após um segundo mergulho, realizado no dia 3 de janeiro, que constatou o vazamento do produto químico. A hipótese inicial é de que o tanque pode ter implodido no momento do impacto. A empresa foi notificada pelo Ibama a apresentar um relatório detalhado sobre o vazamento até o dia 9 de janeiro, incluindo análises dos riscos ambientais e estratégias para contenção.
Outro caminhão, pertencente à empresa Videira, transportava 40 mil litros de ácido sulfúrico. Segundo análises visuais preliminares, o tanque deste veículo parece estar intacto. No entanto, o Ibama determinou o monitoramento constante do tanque e solicitou um estudo de viabilidade para a retirada segura da carga.
O terceiro caminhão, pertencente à empresa Suminoto, carregava agrotóxicos. Uma operação de reconhecimento subaquático foi agendada para o dia 6 de janeiro, com o objetivo de avaliar a integridade das bombonas e o risco de vazamento.
Ações coordenadas entre Marinha, Ibama e ANA
A complexidade da operação exige a atuação integrada entre diversas instituições. Sob a liderança do Comando do Incidente da Marinha do Brasil, as ações seguem um plano estruturado que visa garantir tanto a segurança das equipes de mergulho quanto a contenção de possíveis danos ambientais.
O Ibama tem acompanhado de perto todas as operações, exigindo das empresas responsáveis relatórios detalhados e medidas imediatas para mitigação dos riscos. Além disso, técnicos do órgão permanecem no local, monitorando de forma contínua as ações subaquáticas e a situação dos tanques submersos.
A Agência Nacional das Águas (ANA), por sua vez, realiza análises permanentes da qualidade da água, em parceria com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais do Maranhão (Sema/MA). Até o momento, os parâmetros avaliados seguem dentro da normalidade para água doce, e não foram identificados impactos significativos na fauna local.
As empresas transportadoras foram notificadas a apresentar seus respectivos Planos de Atendimento à Emergência (PAEs), que incluem estratégias para a retirada das cargas perigosas e medidas preventivas para minimizar os riscos ambientais.
Impactos ambientais e medidas preventivas em andamento
Embora as análises da qualidade da água do rio Tocantins não tenham, até agora, detectado alterações preocupantes nos parâmetros avaliados, a presença de ácido sulfúrico no ambiente aquático representa um risco significativo. A substância pode causar a acidificação da água, afetando diretamente peixes, plantas aquáticas e outros organismos sensíveis.
Para evitar maiores impactos, as autoridades intensificaram as ações de monitoramento e as empresas foram orientadas a acelerar os processos de retirada das cargas submersas. A prioridade segue sendo a segurança das equipes envolvidas nas operações e a garantia de que nenhuma nova contaminação ocorra durante os trabalhos.
Além das medidas emergenciais, os órgãos envolvidos estudam estratégias de longo prazo para mitigar possíveis impactos residuais no ecossistema local. A transparência das informações e a comunicação direta com as comunidades ribeirinhas também têm sido mantidas como prioridade durante todo o processo.
O Ibama, a Marinha do Brasil, a ANA e as empresas envolvidas permanecem em alerta máximo, com equipes técnicas mobilizadas em campo e relatórios periódicos sendo elaborados para garantir que todas as ações necessárias sejam tomadas de forma ágil e eficaz.
Com informações do IBAMA
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