Pista clandestina é inutilizada em ação contra garimpo ilegal

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As Forças Armadas avançam na Operação Catrimani II e desarticulam mais um ponto logístico do garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami. No dia 22 de fevereiro, o Pelotão de Engenharia de Combate de Selva da 1ª Brigada de Infantaria de Selva inutilizou a pista clandestina de Feijão Queimado, localizada próximo ao rio Mucajaí. A ação reforça o compromisso das autoridades com a segurança da região e a preservação ambiental.

A Operação Catrimani II e o combate ao garimpo ilegal

A Operação Catrimani II tem sido uma ferramenta crucial no combate às atividades ilegais dentro da Terra Indígena Yanomami (TIY). Com o objetivo de desarticular a infraestrutura logística dos garimpeiros, a ação coordenada pelas Forças Armadas busca restringir o transporte de suprimentos e equipamentos que alimentam a extração ilegal de minérios na região.

A interdição da pista clandestina de Feijão Queimado foi uma das medidas estratégicas para enfraquecer a logística dos criminosos. Com cerca de 400 metros de comprimento e seis metros de largura, a pista era utilizada para o pouso e decolagem de aeronaves responsáveis por abastecer os garimpeiros e escoar materiais extraídos ilegalmente. Para sua inutilização, foram utilizados 100 kg de explosivos pelo Pelotão de Engenharia de Combate de Selva da 1ª Brigada de Infantaria de Selva.

Com essa destruição, as autoridades esperam reduzir significativamente a capacidade operacional do garimpo ilegal, dificultando o acesso a insumos essenciais e aumentando os desafios logísticos para os grupos criminosos que exploram a região.

A importância da presença das Forças Armadas na região

O papel das Forças Armadas na TI Yanomami vai além do combate ao garimpo ilegal. A Operação Catrimani II envolve a atuação conjunta do Exército Brasileiro, da Marinha do Brasil e da Força Aérea Brasileira, que realizam patrulhamentos, operações de inteligência e apoio logístico para garantir a presença do Estado na região.

Além da destruição de infraestruturas utilizadas por garimpeiros, as tropas militares também trabalham na proteção territorial, no combate a crimes ambientais e na repressão a atividades ilegais que ameaçam as comunidades indígenas. O suporte das Forças Armadas tem sido essencial para o fortalecimento das demais iniciativas governamentais que buscam garantir a integridade da TI Yanomami e a preservação da floresta amazônica.

A renovação da Operação Catrimani II está amparada pela Portaria GM-MD N° 5.831, de 20 de dezembro de 2024, que alterou a diretriz inicial da missão, publicada em março do mesmo ano. Isso reforça o compromisso do governo em manter ações contínuas para assegurar a soberania nacional e o respeito aos direitos dos povos indígenas.

A visita da comitiva do STJ e a repercussão da ação

A interdição da pista clandestina contou com a presença de uma comitiva do Superior Tribunal de Justiça (STJ), liderada pelo presidente da Corte, Ministro Herman Benjamin, e pelos Ministros Sebastião Reis Júnior e Paulo Sérgio Domingues. Também acompanharam a operação o Diretor da Casa de Governo no Estado de Roraima, Nilton Tubino, além de representantes de órgãos governamentais e comunidades indígenas.

Durante a visita, a comitiva conheceu as atividades dos Pelotões Especiais de Fronteira (PEF), unidades do Exército que atuam na proteção da TI Yanomami. No 5º PEF, localizado na comunidade de Auaris, os ministros assistiram apresentações do General de Divisão Cláudio Henrique da Silva Plácido, Subcomandante da Operação Catrimani II, e do General de Brigada Luciano Bortoluzzi Garcia, Comandante da 1ª Brigada de Infantaria de Selva. Também visitaram aldeias indígenas e o 4º PEF, em Surucucu.

O Ministro Herman Benjamin destacou a importância do trabalho conjunto das Forças Armadas e demais instituições para o enfrentamento da crise humanitária e ambiental na região. “Aqui na Catrimani II, nós vemos o Brasil naquilo que ele tem de melhor, naquilo que nos dá profundo orgulho e ao mesmo tempo esperança para o nosso país”, afirmou.

O Ministro Sebastião Reis Júnior ressaltou a necessidade de divulgar o trabalho realizado pelas tropas. “São as três Forças atuando em um trabalho muito pouco reconhecido. É importante dar publicidade ao que está sendo feito – ao sacrifício e à abnegação das pessoas que estão envolvidas neste dia a dia”, enfatizou.

Já o Ministro Paulo Sérgio Domingues destacou a relevância da visita para que os magistrados tenham um conhecimento mais próximo sobre as realidades que frequentemente precisam julgar.

A Operação Catrimani II continua desempenhando um papel estratégico na defesa da soberania brasileira, na preservação ambiental e na proteção das comunidades indígenas, reforçando o compromisso do Estado com a segurança e o combate a ilícitos na Amazônia.

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Marcelo Barros, com informações e imagens do Exército Brasileiro
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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