Oficiais da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) estão lançando um novo conjunto de perguntas para que integrantes de seus Estados membros, pensem sobre inteligência artificial (IA) em aplicações de defesa, enquanto se busca um denominador comum antes de se oficializar um documento de estratégia planejado.

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A mudança ocorre em meio a um grande esforço para aumentar a vantagem da OTAN no que as autoridades chamam de tecnologias emergentes e disjuntivas, ou EDT. O armamento autônomo, habilitado para inteligência artificial é um elemento-chave nesse impulso, que visa garantir a liderança tecnológica em escala global.

Exatamente onde a aliança se enquadra no espectro entre permitir a tecnologia de defesa alimentada por IA em algumas aplicações e negá-la em outras, espera-se que seja um tópico calorosamente debatido na preparação para a cúpula da OTAN em 14 de junho.

“Concordamos que precisamos de princípios de uso responsável, mas também estamos no processo de delinear tecnologias específicas”, disse o secretário-geral assistente da OTAN para desafios emergentes de segurança, David van Weel, em um evento da web organizado no início deste mês pelo Ministério da Defesa da Estônia.

Regras diferentes podem ser aplicadas a sistemas diferentes, dependendo de seu uso pretendido e do nível de autonomia envolvido, disse ele. Por exemplo, um algoritmo que vasculha dados como parte de uma operação de back-office na sede da OTAN em Bruxelas seria submetido a um nível diferente de escrutínio de uma arma autônoma.

Além disso, as regras estão em andamento para que a indústria entenda os requisitos envolvidos em fazer os sistemas aderirem a uma futura política da OTAN sobre inteligência artificial. A ideia é apresentar um menu de princípios quantificáveis ​​para as empresas determinarem o que seus produtos podem cumprir, disse van Weel.

Elas vão desde introspecções básicas sobre se os sistemas habilitados para IA se enquadram nos “mandatos legais” da OTAN, explicou van Weel, até se um determinado sistema é livre de preconceitos, ou seja, se sua tomada de decisão se inclina em uma direção específica.

  • Com informações do site C4ISRNET
  • Tradução e Adaptação: DefesaTv
Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).