Operação “Unitas LXV” encerra com participação de 24 países, incluindo o Brasil

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A Operação “Unitas LXV”, o mais antigo exercício marítimo multinacional do mundo, chegou ao fim nesta quinta-feira (12) em Viña del Mar, no Chile. Com a participação de 24 países, incluindo o Brasil, a operação foi conduzida pelos Estados Unidos e teve a Armada do Chile como anfitriã. A Marinha do Brasil marcou presença com a Fragata “Liberal” e mais de 260 militares, em um evento que fortaleceu a cooperação internacional e a prontidão das forças navais.
A participação da Marinha do Brasil na “Unitas LXV”

A Marinha do Brasil desempenhou um papel significativo na “Unitas LXV”, enviando a Fragata “Liberal” equipada com a aeronave AH-11B “Super Lynx” e uma equipe composta por mais de 260 militares. A participação brasileira foi fundamental para o desenvolvimento de uma série de operações complexas e para o aprimoramento da interoperabilidade entre as marinhas dos países participantes. A presença da Marinha do Brasil em um exercício de tamanha magnitude reforça o comprometimento do país com a segurança marítima internacional e a colaboração multilateral.
Durante a operação, a Fragata “Liberal” participou ativamente de exercícios navais nos ambientes de guerra de superfície, submarino, aéreo e terrestre. Esses exercícios visavam simular cenários de conflito realistas, onde a coordenação e a comunicação entre as forças multinacionais eram essenciais para a execução bem-sucedida das operações. A participação em manobras táticas e exercícios antissubmarino, bem como na defesa aeroespacial, permitiu que a Marinha do Brasil testasse e aperfeiçoasse suas capacidades operacionais, ao mesmo tempo em que contribuía para o sucesso geral da operação.
A participação brasileira na “Unitas” também foi uma oportunidade para a troca de experiências e conhecimentos com outras marinhas, fortalecendo os laços de cooperação militar. O envolvimento em um exercício multinacional desta envergadura possibilita que os militares brasileiros aprendam com as melhores práticas internacionais e compartilhem suas próprias expertises em operações navais. Isso é vital para o desenvolvimento contínuo das forças armadas do Brasil e para a sua capacidade de responder a ameaças em um cenário global cada vez mais complexo e interligado.
Inovações e Destaques da Operação “Unitas LXV”

A edição deste ano da “Unitas” trouxe inovações significativas, incluindo a introdução de um Exercício de Defesa Cibernética. Foram realizadas 24 simulações de ataques cibernéticos, marcando a primeira vez que esse tipo de treinamento foi incorporado na “Unitas”. Essa inclusão reflete a crescente importância da cibersegurança nas operações militares modernas e a necessidade de preparar as forças navais para enfrentar ameaças neste domínio. A operação também contou com um Centro de Operações Marítimas (Maritime Operational Center – MOC), que possibilitou o planejamento e condução das atividades no nível operacional, contribuindo para a eficiência e eficácia das operações.
Além das inovações em cibersegurança, a “Unitas LXV” incluiu mais de 180 operações nos ambientes de guerra de superfície, submarino, aéreo e terrestre. Os exercícios envolveram manobras táticas, formaturas entre navios, exercícios de tiro de apoio de fogo naval e tiro sobre alvo de superfície à deriva. Um dos momentos mais desafiadores foi o exercício de confronto de forças (Freeplay), onde os navios foram divididos em dois grupos e se enfrentaram em um cenário geopolítico simulado. Esse tipo de treinamento foi crucial para testar a capacidade de resposta e a eficácia das forças envolvidas em situações dinâmicas e imprevistas.
O Comandante em Chefe da Armada do Chile, Almirante Juan Andrés De La Maza, elogiou a participação de todas as marinhas envolvidas e destacou a importância da “Unitas” para a integração e preparação das forças navais. Ele também enfatizou o cuidado que a operação teve com o meio ambiente, executando os exercícios sem afetar o ecossistema, e ressaltou a inclusão dos exercícios de cibersegurança como uma tendência que veio para ficar. Já o Comandante da Quarta Esquadra da Marinha dos Estados Unidos, Contra-Almirante Carlos Sardiello, destacou a colaboração mútua e a confiança entre as marinhas e os países envolvidos como elementos essenciais para o sucesso da operação.
A trajetória e relevância da Operação “Unitas” ao longo dos anos

A Operação “Unitas” é o mais antigo exercício marítimo multinacional, sendo conduzida pelos Estados Unidos da América (EUA) desde 1960. Ao longo de suas mais de seis décadas de história, a “Unitas” tem evoluído para incluir uma ampla gama de cenários operacionais, desde guerra de superfície até operações de resposta a desastres. A operação tem sido um marco para a cooperação e integração entre as marinhas das Américas e de outras partes do mundo, proporcionando um ambiente de treinamento realista e desafiador.
O exercício é fundamental para fortalecer a interoperabilidade entre as forças navais dos países participantes, permitindo que elas trabalhem juntas em cenários que simulam ameaças atuais e futuras. Ao reunir países com diferentes doutrinas e equipamentos, a “Unitas” serve como um laboratório para testar e aperfeiçoar táticas e procedimentos, promovendo um entendimento comum que é vital para a realização de operações conjuntas. Isso é especialmente relevante no contexto global atual, onde as ameaças à segurança marítima, como pirataria, tráfico ilícito e ciberataques, exigem uma resposta coordenada e multilateral.
Além de sua importância operacional, a “Unitas” também desempenha um papel diplomático, promovendo a confiança e a colaboração entre as nações. Através do intercâmbio cultural e profissional entre os militares participantes, a operação contribui para a construção de laços de amizade e respeito mútuo. Isso não só reforça as relações bilaterais e multilaterais, mas também promove a estabilidade e a segurança marítima em nível regional e global.
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