Operação Tempestade na Areia testa resistência dos futuros Comandos Anfíbios

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Sob o sol intenso e o terreno desafiador da Ilha da Marambaia, os alunos do Curso Especial de Comandos Anfíbios (C-Esp-ComAnf/2025) enfrentaram um dos momentos mais exigentes de sua formação: a Operação Tempestade na Areia. Em uma marcha de 48 quilômetros sobre a restinga e áreas de areia fofa, os militares foram levados ao limite físico e psicológico, testando a resistência que será fundamental para o futuro nas Operações Especiais de Fuzileiros Navais.
A estrutura logística e os recursos empregados na Operação Tempestade na Areia
A complexidade da Operação Tempestade na Areia exige uma estrutura logística robusta e uma coordenação precisa entre diferentes unidades da Marinha do Brasil. Todo o exercício foi planejado pela Escola de Operações Especiais do Centro de Instrução Almirante Sylvio de Camargo (CIASC), que mobilizou recursos humanos e materiais para garantir a segurança e a eficácia da missão.
Durante a marcha, dois Carros Lagarta Anfíbios (CLAnf) do Batalhão de Viaturas Anfíbias foram empregados para apoio à cadeia de evacuação médica, reforçando a capacidade de resposta a emergências. Essas viaturas, projetadas para operar em terrenos alagados e arenosos, garantiram cobertura para situações de exaustão extrema ou lesões.
Além disso, embarcações do Centro de Avaliação da Ilha da Marambaia e do Batalhão de Operações Especiais de Fuzileiros Navais estiveram de prontidão ao longo do trajeto, compondo uma rede integrada de apoio logístico, comunicações e segurança. A logística incluiu pontos de hidratação, acompanhamento médico e coordenação via rádio para manter o controle operacional durante toda a marcha.
O impacto psicológico e físico da marcha para os alunos
Mais do que um simples exercício físico, a Operação Tempestade na Areia é um verdadeiro teste de resiliência mental. Os 27 alunos, entre 3 Oficiais e 24 Praças, enfrentaram condições extremas de calor, desgaste físico e pressão psicológica. A longa distância, aliada ao terreno arenoso e à constante carga transportada, colocou à prova cada aspecto da preparação emocional dos futuros Comandos Anfíbios.
Instrutores da Escola de Operações Especiais destacam que essa etapa representa um dos rituais de passagem mais simbólicos do curso, onde os alunos aprendem a lidar com o cansaço extremo, a dor e o estresse sob condições controladas, mas realistas. O objetivo é claro: simular ao máximo as adversidades que eles poderão enfrentar em futuras operações reais de infiltração e combate.
A experiência também fortalece o espírito de equipe. Durante a marcha, o apoio mútuo entre os alunos é incentivado, reforçando os valores de cooperação, lealdade e disciplina, essenciais para o desempenho em missões de Operações Especiais.
A relevância estratégica da formação de Comandos Anfíbios para a Marinha do Brasil
A formação de Comandos Anfíbios é um ativo estratégico para a Marinha do Brasil. Esses militares são preparados para conduzir operações de alto risco, como reconhecimento especial, resgate de reféns, neutralização de alvos estratégicos e ações de guerra irregular em ambientes litorâneos e terrestres.
A escolha da Ilha da Marambaia como cenário para essa etapa do curso não é por acaso. O local oferece um ambiente geográfico que combina terreno arenoso, vegetação densa e variação de relevo, simulando com fidelidade os desafios encontrados em missões reais.
Com uma duração total de 34 semanas, o Curso Especial de Comandos Anfíbios é considerado uma das formações mais exigentes das Forças Armadas Brasileiras. Ao final do treinamento, apenas os alunos que demonstram excelência física, resiliência emocional e capacidade tática recebem a cobiçada boina verde-oliva com a caveira alada, símbolo máximo dos Comandos Anfíbios.
Essa capacitação reforça o papel da Marinha como força de pronta resposta, preparada para atuar em diferentes cenários, desde a defesa territorial até missões de interesse estratégico nacional no exterior.
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