Operação MINEX 2024 testa tecnologias não tripuladas na Baía de Todos-os-Santos

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A Baía de Todos-os-Santos foi o cenário da Operação MINEX 2024, onde a Marinha do Brasil testou com sucesso avançados Sistemas Marítimos Não Tripulados (SMNT). Entre os dias 7 e 11 de outubro, diversas Organizações Militares participaram de exercícios de guerra de minas e contramedidas, aprimorando suas capacidades operacionais e contribuindo para o desenvolvimento de novas tecnologias de defesa.
Avanços e aplicações dos Sistemas Marítimos Não Tripulados (SMNT)
Durante a Operação MINEX 2024, dois Sistemas Marítimos Não Tripulados foram empregados para operações de Contramedidas de Minagem: o Veículo de Superfície Não Tripulado (VSNT) e o Light Autonomous Underwater Vehicle (LAUV). Ambos se mostraram essenciais para o sucesso das manobras. O VSNT foi utilizado para a varredura inicial da área de operação, identificando possíveis minas por meio de seu sonar sidescan, acoplado à Base de Hidrografia da Marinha. Esse veículo, operado tanto a partir da Corveta “Caboclo” quanto de terra, demonstrou avanços significativos, como um novo casco amagnético e maior precisão na navegação semiautônoma.
Após a detecção inicial pelo VSNT, o LAUV, um veículo submarino autônomo, entrou em ação. Programado para se deslocar até as coordenadas das minas detectadas, o LAUV usou sonar e câmeras para mapear a área e confirmar a existência das minas submersas. Esse sistema, adquirido pelo Instituto de Pesquisas da Marinha (IPqM), mostrou-se fundamental para as operações, operando de maneira totalmente autônoma, seguindo um plano de missão pré-programado. Esses avanços em tecnologias não tripuladas destacam o potencial de inovação da Marinha do Brasil no campo de guerra de minas.
Colaboração entre Organizações Militares e a integração de novas tecnologias
A Operação MINEX 2024 envolveu a colaboração de várias Organizações Militares, incluindo o Comando do 2º Distrito Naval (Com2ºDN), o Centro de Análises de Sistemas Navais (CASNAV) e o Instituto de Pesquisas da Marinha (IPqM). Essa integração entre ciência, tecnologia e operações militares mostrou-se essencial para o sucesso dos testes com os Sistemas Marítimos Não Tripulados.
O Diretor do CASNAV, Capitão de Mar e Guerra Fabio Kenji Arakaki, destacou que este foi o segundo ano consecutivo em que a OM participou da operação, e que a evolução tecnológica dos sistemas testados, como o VSNT, é um reflexo da sinergia entre as instituições envolvidas. Essa colaboração também incluiu o desenvolvimento de novos métodos de imageamento da área de operações e a integração de um Console de Imagens Táticas em Realidade Aumentada (CITRA), que permitiu monitorar a movimentação dos veículos não tripulados em tempo real, aumentando a eficiência nas tomadas de decisão durante o exercício.
A Operação MINEX 2024 e o fortalecimento do Poder Naval brasileiro
A Operação MINEX 2024 reforça o compromisso da Marinha do Brasil com a modernização de suas capacidades operacionais, especialmente no campo de guerra de minas. A realização de exercícios como esse é crucial para a defesa das linhas de tráfego marítimo ao longo da costa brasileira, garantindo que áreas estratégicas, como portos e plataformas, fiquem livres da ameaça de minas.
O Comandante da Força de Minagem e Varredura, Capitão de Fragata Rodrigo Bouças, destacou a importância da operação para o fortalecimento do Poder Naval brasileiro: “Operações como a MINEX são fundamentais para aprimorar nossas capacidades em neutralizar ameaças, garantindo a segurança de áreas marítimas críticas”. A utilização de sistemas autônomos, como o VSNT e o LAUV, é um marco para a independência tecnológica da Marinha, que busca cada vez mais desenvolver soluções inovadoras para a defesa do país.
Além de aprimorar o adestramento das tripulações e integrar novas tecnologias, a operação demonstrou que o Brasil está avançando na utilização de veículos não tripulados em missões de alta complexidade, aumentando a consciência situacional e a eficácia em missões de defesa.
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