A Operação Ágata Oeste 2024 está utilizando o Sistema de Monitoramento de Fronteiras (SISFRON) para reforçar a vigilância e o combate a crimes transfronteiriços na região Centro-Oeste. Com o apoio do Comando Militar do Oeste (CMO), o SISFRON monitora 1.833 km de fronteira em Mato Grosso do Sul, oferecendo dados estratégicos que auxiliam na tomada de decisões e no planejamento das ações militares.

O Papel do SISFRON na Operação Ágata Oeste 2024

O SISFRON, considerado um dos maiores e mais avançados programas de monitoramento de fronteiras no mundo, tem sido crucial para o sucesso da Operação Ágata. Utilizando uma vasta gama de tecnologias, o sistema inclui equipamentos como radares móveis, binóculos termais e veículos de Comando e Controle equipados com radares de longo alcance. Esses dispositivos garantem que toda a extensão monitorada da fronteira seja vigiada de maneira contínua e eficaz.

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O SISFRON não apenas detecta movimentos ao longo das fronteiras, mas também fornece informações em tempo real para as unidades militares e outros órgãos de segurança, permitindo uma rápida resposta a qualquer atividade suspeita. Esse fluxo de dados fortalece a capacidade de tomada de decisão das forças envolvidas, ampliando a presença do Estado em áreas de difícil acesso e contribuindo diretamente para o combate a crimes como tráfico de drogas, contrabando de armas e crimes ambientais.

Integração de Forças e Resultados Operacionais

A Operação Ágata, que faz parte do Programa de Proteção Integrada de Fronteiras (PPIF), caracteriza-se pela ação coordenada entre as Forças Armadas – Exército, Marinha e Força Aérea – e diversos órgãos de segurança pública, tanto federais quanto estaduais. O SISFRON, em operação na região Centro-Oeste desde 2014, integra as forças terrestres do Exército e amplia sua capacidade de resposta às atividades criminosas transfronteiriças.

Nesta edição da Operação Ágata, 1.700 militares foram mobilizados, apoiados por 12 aeronaves, 16 embarcações e 217 viaturas, além de tecnologia de ponta, como o satélite do Projeto Lessonia e drones de vigilância como o Hermes RQ-900, capazes de monitorar grandes áreas de maneira silenciosa e eficaz. A integração desses recursos tem resultado em uma resposta mais rápida e precisa aos desafios da região, gerando impacto direto na redução de ilícitos e na preservação ambiental.

Expansão e Futuro do SISFRON

O SISFRON, atualmente em pleno funcionamento em Mato Grosso do Sul e em fase de expansão para Mato Grosso, foi concebido para monitorar toda a extensão das fronteiras brasileiras, totalizando 17 mil quilômetros com 10 países vizinhos. A fase dois, que está em andamento, visa ampliar o alcance do sistema para cobrir uma área ainda maior, aumentando a capacidade de vigilância e a presença do Estado nas áreas mais remotas da fronteira.

O General de Divisão Márcio Luis do Nascimento Abreu Pereira, Chefe do Estado-Maior da Operação Ágata Oeste, destacou que o SISFRON já está completamente implementado em Mato Grosso do Sul, e sua expansão para outras regiões é essencial para aumentar a segurança das fronteiras brasileiras. Além de apoiar as Forças Armadas, o sistema também fornece informações críticas a outras agências governamentais, reforçando a colaboração interinstitucional e garantindo uma proteção integrada das fronteiras do Brasil.

A expectativa é que, nos próximos anos, o SISFRON cubra toda a extensão da fronteira brasileira, consolidando-se como uma das principais ferramentas de defesa e segurança nacional. Com a continuação das expansões e aprimoramentos tecnológicos, o Brasil se posiciona na vanguarda do combate a crimes transfronteiriços, assegurando a proteção das populações e recursos em suas áreas fronteiriças.

Marcelo Barros, com informações e imagens do Exército Brasileiro
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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