Na manhã de uma terça-feira que entrará para a história, a Marinha do Brasil (MB) e a Polícia Federal (PF) realizaram uma ação conjunta que resultou na maior apreensão de cocaína já vista nas águas brasileiras. A costa de Pernambuco foi o palco onde 3,6 toneladas do entorpecente foram confiscadas, marcando um ponto de virada significativo na luta contra o tráfico de drogas. Esta operação, parte da Operação Ágata Nordeste, demonstra o compromisso inabalável das forças de segurança brasileiras em proteger nossas fronteiras e cidadãos.

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A Amazônia Azul: Um Território de Riquezas e Desafios

A vastidão da Amazônia Azul, que abrange uma área marítima de 5,7 milhões de km² e uma malha hidroviária de 64 mil km, representa tanto uma fonte de riqueza quanto um desafio para o Brasil. Enquanto facilita o comércio nacional e internacional, impulsionando significativamente a economia brasileira, também se torna um terreno fértil para atividades ilícitas como pesca ilegal, contrabando e tráfico de drogas. Para combater essas ameaças, a Marinha desenvolveu o Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul (SisGAAz), uma ferramenta que integra várias tecnologias e sistemas, facilitando a cooperação e compartilhamento de informações entre diversos órgãos governamentais e empresas.

União de Forças: A Chave para o Sucesso

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As 3,6 toneladas de cocaína tinham a África como destino

A colaboração entre diferentes órgãos tem se mostrado uma estratégia eficaz no combate a crimes transfronteiriços e ambientais. Desde 2020, essas ações conjuntas resultaram na apreensão de quantidades significativas de substâncias ilícitas, produtos contrabandeados e pesca ilegal. A Operação Ágata Nordeste é apenas uma das várias operações interagências realizadas ao longo do ano, demonstrando que a união de forças e a partilha de recursos e informações podem potencializar as capacidades de cada órgão envolvido, superando limitações e alcançando resultados mais significativos.

Investindo no Futuro: A Expansão da Frota de Navios-Patrulha

Para garantir a segurança contínua de nossas águas e fronteiras, é vital que a Marinha esteja equipada com os recursos necessários para realizar suas missões com eficácia. Os navios-patrulha de 500 toneladas, como o que foi utilizado na recente operação, são ferramentas cruciais nesse esforço. Com maior autonomia para longas distâncias e a capacidade de enfrentar condições adversas em alto mar, esses navios são peças-chave na realização de missões como a Operação Ágata. Além disso, o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), anunciado pelo governo federal, promete expandir ainda mais a frota de navios-patrulha da Marinha, com a incorporação de novas embarcações nos próximos anos, fortalecendo ainda mais nossa defesa marítima.

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Embarcação “PALMARES 1” no Porto do Recife

A recente operação na costa de Pernambuco marca um momento histórico na luta contra o tráfico de drogas no Brasil. Através da colaboração eficaz entre a Marinha e a Polícia Federal, foi possível alcançar um resultado significativo, demonstrando que, com união, tecnologia e estratégia, podemos proteger nossas fronteiras e garantir um futuro mais seguro para todos os brasileiros. À medida que continuamos a investir e expandir nossos recursos de defesa, podemos esperar ver mais vitórias como esta no futuro, solidificando a posição do Brasil como um líder na luta contra o crime transfronteiriço e ambiental.

Marcelo Barros, com informações da Marinha do Brasil
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).