Durante a Operação “Ágata Fronteira Norte”, realizada entre os dias 21 e 25 de junho, dois garimpos ativos, operando ilegalmente dentro da Terra Indígena Yanomami, foram desmantelados. Situado a 330 km de Boa Vista (RR), o primeiro garimpo ocupa uma área de 14 km², e possui uma pista de pouso de 500 metros. O segundo, localizado a 200 km a sudoeste da capital roraimense, é um pouco menor, ocupando 0,5 km², com uma pista de pouso de 300 metros.

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A atuação contou com o trabalho conjunto de tropas de Operações Especiais da Marinha do Brasil, compostas por militares dos Comandos Anfíbios e Mergulhadores de Combate, aeronaves da Força Aérea Brasileira, agentes da Polícia Federal e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Confisco e Destruição

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Operação destruiu barracas de acampamento, geradores de energia, motores e outros equipamentos

Em ambos os locais, foram confiscadas armas, munições, aparelhos celulares e materiais extraídos do garimpo, como a cassiterita. Itens de apoio logístico ao garimpo, como motores, bombas, veículos, combustíveis, barracas de acampamento, geradores de energia, foram destruídos in loco, resultando em prejuízos que podem ultrapassar R$ 200 mil para a atividade ilegal.

Simultaneamente, uma mobilização formada por militares do Batalhão de Operações Ribeirinhas, meios do Navio-Patrulha Fluvial “Raposo Tavares” e agentes da Polícia Federal e do Ibama, conduzia uma expedição no rio Catrimani em busca de embarcações e dragas do garimpo. Com o apoio de quatro embarcações da Marinha, três dragas foram encontradas, sendo uma delas escondida na mata à margem do rio. Estas foram posteriormente destruídas pelo Ibama.

Ampliação das Atividades Repressivas

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Pontos em vermelho indicam localização dos dois garimpos ilegais encontrados e destruídos

Essas medidas mais incisivas são reflexo das ampliações de atuação conferidas pelo decreto 11.575, de 21 de junho de 2023, para combater o garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami. As ações, que prosseguirão nos próximos dias, contam com a colaboração integrada entre os militares das Forças Armadas, a Polícia Federal, o Ibama e diversas agências governamentais, como a FUNAI e SESAI.

A expectativa é de que essa ação conjunta consiga desarticular o aparato do garimpo ilegal, impedindo as consequências negativas que a extração descontrolada e ilegal de minerais tem causado ao meio ambiente e aos povos indígenas da região.

Marcelo Barros, com informações da Marinha do Brasil
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).